Michael Moore saúda demissão do patrão da GM - TVI

Michael Moore saúda demissão do patrão da GM

Michael Moore

GM deverá ficar concentrada apenas em quatro marcas: Chevrolet, Cadillac, GMC e Buick

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O polémico cineasta norte-americano Michael Moore saudou quarta-feira a decisão histórica do presidente Barack Obama de obrigar à demissão Rick Wagoner, o «patrão» do gigante automóvel General Motors (GM).

«Nem posso acreditar. Este gesto surpreendente, sem precedente, deixou-me sem fala», confessa no seu site o cineasta, cujo pai trabalhava na General Motors em Flint, (Michigan, norte), e que realizou em 1989 um documentário sobre o encerramento desta fábrica, avançou a Lusa.

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«Não paro de repetir: Obama mandou de facto o patrão da General Motors dar uma curva? A empresa mais rica e poderosa do século XX? Ele pode de facto fazer isso?», prossegue Michael Moore.

Demissão rende mais de 20 milhões a ex-presidente da GM

«Patrão» de GM apresenta demissão a pedido de Obama

«Obama decreta assim que o governo de, para e pelo povo está no comando e não as grandes empresas», congratula-se.

O cineasta sublinha, contudo, que parece haver dois pesos e duas medidas na forma como Barack Obama tratou o «patrão» da GM e os grandes de Wall Street.

O «patrão» do gigante automóvel norte-americano General Motors (GM), Rick Wagoner, demitiu-se a pedido do Presidente Barack Obama, que exigiu uma profunda reforma também à Chrysler LLC para poder receber financiamentos adicionais do Estado, noticiou domingo a imprensa.

A queda de Wagoner precede em poucas horas a divulgação do plano presidencial para uma injecção financeira no sector, a troco de duras concessões.

Casa Branca optimista quanto a salvação da GM

Obama admitiu ter esperança na reabilitação da indústria automóvel, mas exigiu pragmatismo e, sobretudo, competitividade à altura de ultrapassar a crise.

Atravessando a pior situação das últimas três décadas, a GM e a Chrysler sobrevivem à custa de uma injecção governamental de 17.400 milhões de dólares (mais de 13.000 milhões de euros), mas precisam de mais 16.600 milhões de dólares (12.500 milhões de euros) e 5.000 milhões de dólares (3.700 milhões de euros), respectivamente, para continuarem no mercado.

O novo homem forte da Casa Branca não escondeu a necessidade de «sacrifícios para todos, desde os administradores, passando pelos accionistas, credores, fornecedores e concessionários, até aos trabalhadores», em nome da crucial reestruturação.

Ambas as empresas estão agora determinadas a reduzir em dois terços as suas dívidas acumuladas, mediante um pacto com os sindicatos, porque empregam 140.000 trabalhadores.

A GM deverá ficar concentrada apenas em quatro marcas: Chevrolet, Cadillac, GMC e Buick.
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