Novo regime de arrendamento urbano «aquém do necessário» - TVI

Novo regime de arrendamento urbano «aquém do necessário»

  • Sónia Peres Pinto
  • 5 nov 2007, 15:28
APEMIP

O novo regime de arrendamento urbano (Nrau) «está ainda muito aquém do que é necessário».

Esta é opinião do presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação (APEMIP), José Eduardo Macedo.

Em declarações à «Agência Financeira», o responsável admite, no entanto, que a nova legislação «veio simplificar e facilitar».

José Eduardo Macedo defende a criação de um tribunal especializado, afirmando que «enquanto não se tratar de uma forma célere o simples não pagamento de uma renda e, enquanto um inquilino estiver dois anos ou mais numa casa sem pagar, as pessoas não têm confiança para reabilitar casas que estão hoje devolutas. Não vão investir nessas casas para depois não terem rendimento».

Para já, o tempo de despejo, resultado do novo regime de arrendamento urbano, é visto pelo responsável «como um início que tem de ser aprofundado». «Se o tempo médio de um despejo era de 4 anos agora é de dois», alerta.

«Até ao 25 de Abril, as famílias portuguesas não tinham rendimentos para serem proprietários, eram na sua maioria arrendatários. Hoje vive-se uma realidade diferente, estima-se que existem 3,6 milhões de famílias e 5,2 milhões de fogos», refere José Eduardo Macedo à «Agência Financeira».

Um número que, no entender do mesmo, terá de influenciar o ritmo da construção. «Este ritmo tem de ser diferente, temos de nos preocupar mais com a qualidade e com a inovação, do que com a quantidade», conclui.
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