Exportações de têxteis em alta desde o início do ano - TVI

Exportações de têxteis em alta desde o início do ano

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As exportações de têxteis e vestuário confirmaram em Maio a tendência de recuperação registada desde Janeiro, crescendo 1% para cerca de 1,7 milhões desde início do ano.

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Os dados foram revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Em comunicado, a Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP) destaca que esta evolução denota «uma crescente melhoria» face aos números do primeiro trimestre do ano, em que as exportações já cresceram 0,9% relativamente ao mesmo período de 2006.

De acordo com a ATP, no período de Janeiro a Maio é de destacar um «avanço significativo» nas exportações de artigos têxteis, com categorias a crescer a um ritmo de dois dígitos, como os filamentos sintéticos e artificiais, artigos de cordoaria e tapetes especiais e tufados.

Já a categoria onde se integram os têxteis-lar registou uma estabilização, tendo o vestuário de tecido e malha sofrido uma «ligeira perda».

No que diz respeito às importações, a associação refere terem registado uma evolução positiva de 4,3%, com destaque para o vestuário de malha e de tecido (mais 11,1 e 4,7%, respectivamente), e para a categoria dos têxteis-lar (mais 16,9%).

Algo que, nota, «indicia uma maior pressão das exportações dos países do Oriente, a alguns meses do fim do acordo União Europeia/China».

Globalmente, a ATP diz-se «satisfeita e encorajada» com o desempenho do sector, considerando que «vem demonstrar, uma vez mais, a extraordinária capacidade do tecido empresarial em reagir às situações mais adversas, tornando-se mais competitivo e capaz de ultrapassar com êxito a pressão concorrencial internacional».

«Esta inversão de tendência, no sentido da recuperação, está em linha com as previsões da associação e insere-se na implementação da estratégia de terciarização de actividades e corporização de factores críticos de competitividade, entre os quais a moda e a inovação tecnológica», sustenta.

Segundo a ATP, a expectativa do reforço da recuperação económica e do consumo em mercados tradicionais de destino das exportações têxteis e vestuário portuguesas (como a Alemanha e a França), a par com a aguardada reapreciação do dólar (que favoreceria as vendas de têxteis-lar para os EUA), poderão ser determinantes para a manutenção da evolução positiva do sector.
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