Mercado imobiliário: bom para comprar e mau para vender - TVI

Mercado imobiliário: bom para comprar e mau para vender

  • Sónia Peres Pinto
  • 6 jun 2008, 18:46
Grupo Invictus

(Empresa corrige valores)

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O mercado imobiliário está bom para comprar e mau para vender, originando uma «natural estagnação». Esta é a opinião do administrador do Grupo Invictus, Pedro Paredes, em declarações à Agência Financeira (AF) .

Apesar deste abrandamento, o responsável garante não estar a ser afectado. A explicação, de acordo com o mesmo, é simples: vende os imóveis com descontos (porque compra-os em grandes quantidades) e porque a grande aposta é o segmento médio-alto, «onde continua a haver procura».

«A aposta neste segmento parece-nos a indicada, tendo em conta a conjuntura do mercado. Primeiro, porque o posicionamento neste segmento nos permite avançar para aquisições onde os investimentos imobiliários são mais seguros. Depois, porque o poder de compra e os valores envolvidos em cada negócio são mais elevados e porque os produtos para este segmento continuam a registar uma boa performance: Estamos a falar de um segmento que tem menos dificuldades com as variações das taxas de juro e que recorre menos ao crédito», refere à AF.

Internacionalização afastada

Para este ano, o grupo nortenho «prevê investir 40 milhões de euros, até ao fim do ano, e os resultados previstos para o fecho do ano 2008 serão entre 20 a 25 milhões de euros», acrescenta.

A aposta do grupo está neste momento focada no mercado nacional, estando a internacionalização, para já, afastada. «Não há a curto prazo a intenção de explorarmos outros mercados. O nosso modelo de negócio ainda tem muito potencial de crescimento em território nacional. No entanto, o mercado espanhol está a passar por uma crise imobiliária, o que, a médio prazo podemos encarar como uma oportunidade», adianta à Agência Financeira.

«Subprime» influencia mais indirectamente

No entender de Pedro Paredes, a crise do «subprime» em Portugal tem uma influência mais indirecta que directa. «A banca portuguesa não está a ter problemas tão graves de incumprimentos nos pagamentos dos dívidas hipotecárias porque sempre foi mais cuidadosa na atribuição do crédito», esclarece, acrescentando, no entanto que «não restam dúvidas de que este período de baixa nas economias mundiais as afectadas pelo subprime está a fazer tremer a economia portuguesa», conclui.
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