Governo: «Dívida de Espanha é que está sob maior pressão» - TVI

Governo: «Dívida de Espanha é que está sob maior pressão»

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Secretário de Estado diz ainda que Portugal já tem satisfeitas 95% das necessidades de financiamento deste ano

A dívida espanhola é que está a ser mais pressionada e não a de Portugal, depois de a Irlanda ter recorrido ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira, defendeu esta sexta-feira o secretário de Estado do Tesouro e Finanças.

«Depois do efeito sobre a Grécia e sobre a Irlanda, a pressão está concentrada em Espanha», afirmou Carlos Costa Pina, na sessão de abertura da segunda edição da Infovalor Feira da Poupança e Investimento, em Lisboa.

«Os custos de financiamento da nossa dívida pública estão hoje aos mesmos níveis de há dois meses atrás», argumentou o governante, citado pela Lusa. Já «o custo da dívida espanhola está 50 pontos base acima do que estava há dois meses atrás».

Estado já satisfez 95% das necessidades de financiamento

Pór cá, o Estado já tem satisfeitas 95% das necessidades de financiamento deste ano, segundo o mesmo responsável.



«Entramos nos últimos dois meses do ano já com mais de 95 por cento das nossas necessidades de financiamento satisfeitas».

O desempenho da dívida soberana portuguesa ao longo de 2010 fo positivo: «Os níveis de procura são em regra 2,4 vezes a oferta de instrumentos de dívida que colocamos no mercado, a uma taxa média de dívida pública de 3,6%. Nas emissões de médio e longo prazo efetuadas este ano, a taxa média foi de 4,5%».

Dependência do BCE está 30% abaixo do máximo

Debruçando-se ainda sobre a dependência da banca nacional do financiamento do Banco Central Europeu, o secretário de Estado garantiu que ela está 30% abaixo do verificado este Verão, quando atingiu o nível máximo.

«Ao contrário do que tem sido dito, tem-se vindo a reduzir o recurso dos bancos portugueses ao BCE. Hoje estamos 30% abaixo do nível máximo, atingido este Verão», afirmou. O nível de financiamento de hoje é o mesmo de «Maio passado».

Mas está mais pessimista em relação à moeda única: «Os mecanismos de solidariedade em que o euro assenta não são suficientes. O euro está a ser posto à prova pelos mercados e não tem tido resposta à altura».

Por isso, propôs que se reforço o orçamento europeu e se crie um «verdadeiro» Tesouro no Velho Continente. Instrumentos que considera serem «de defesa da moeda».

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