OCDE pede ao BCE mais cortes das taxas de juro - TVI

OCDE pede ao BCE mais cortes das taxas de juro

BCE

Organismo poderá reduzir taxas para 1% na próxima quinta-feira

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O Banco Central Europeu (BCE) deve continuar a cortar as taxas de juro e introduzir medidas «quantitativas» de estímulo à economia para combater a pior recessão na Zona Euro desde a II Guerra Mundial, defende a OCDE.

PIB mundial deverá cair 1,7% em 2009

Num relatório intercalar sobre as perspectivas económicas dos seus trinta estados membros publicado esta terça-feira, a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento e Económico aponta para uma quebra do Produto Interno Bruto de 4,1 por cento na Zona Euro em 2009, e de 4,3 por cento para o conjunto da OCDE, avançou a Lusa.

BCE deve baixar juros até zero ou quase

Para 2010, os economistas da instituição com sede em Paris apontam ainda para um recuo do Produto Interno Bruto de 0,3 por cento na Zona Euro, e de 0,1 por cento no conjunto dos estados membros da Organização.

«A perspectiva negativa para a actividade económica na Zona Euro e a queda evidente da inflação pede que seja utilizada em toda a sua extensão a margem para o corte das taxas de juro», afirma a OCDE, defendendo que «face à fraqueza das perspectivas económicas, medidas quantitativas de estímulo da economia deveriam também ser tomadas para apoiar a procura».

O BCE está debaixo de pressões crescentes para definir uma estratégia de suporte à economia que possa ir além das medidas tradicionais políticas monetárias.

Em resposta à crise, a instituição de Frankfurt já cortou a sua principal taxa de juro em 275 pontos base para 1,5 por cento desde Outubro e está a oferecer montantes ilimitados de liquidez nas suas operações de refinanciamento.

Uma nova redução das taxas, para 1 por cento, deverá ser decidida quinta-feira na reunião mensal de política monetária do BCE, de acordo com os analistas.

As chamadas medidas quantitativas, já utilizadas nos Estados Unidos pela Reserva Federal e no Reino Unido pelo Banco de Inglaterra, poderiam passar na Zona Euro pela implementação de programas de compra de dívida diversa.
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