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França vai negociar biblioteca digital com Google

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Estado vai gastar 750 milhões de euros para digitalizar os livros

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A França vai negociar a futura biblioteca digital com o Google. A garantia surgiu do ministro da Cultura a um diário francês.

Frédéric Mitterrand, entrevistado pelo jornal «Le Monde», disse que o Estado ocupará «o centro do processo de regulação» da biblioteca digital em francês, usando 750 milhões de euros de um empréstimo público para a digitalização.

Mais de 75 mil sites reproduziram artigos ilegalmente

No entanto, a França pretende rever «alguns dos acordos inaceitáveis» que várias instituições assinaram com a Google. Uma das bibliotecas europeias envolvidas no projecto «Google Books», a Biblioteca de Lyon, assinou cláusulas de exclusividade por um período de 25 anos com a empresa norte-americana.

Google disponibiliza já 10 milhões de livros

Miterrand disse que já se encontrou «duas vezes» com o vice-presidente da Google, David Drummond, em Paris, e que a parceira com o gigante norte-americano é incontornável.

O «Google Books» disponibiliza, actualmente, dez milhões de livros.

O anúncio da negociação com a Google pelo ministro da Cultura surge no mesmo dia em que Frédéric Mitterrand recebeu o relatório Tessier sobre «A Digitalização do Património Escrito», que aponta três pistas para o futuro: negociação com a Google, investimento na modernização do motor de busca Gallica, da Biblioteca Nacional de França (BNF) e relançamento de uma estratégia europeia de digitalização de livros.

A Google foi condenada, a 18 de Dezembro de 2009, pelo Tribunal de Grande Instância de Paris por «actos de contrafacção de direitos de autor», ao mesmo tempo que pode ser alvo de uma nova taxa sobre a publicidade nas suas páginas de pesquisa, como anunciou o Presidente da República francês, Nicolas Sarkozy, no seu discurso de Ano Novo aos agentes da cultura.
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