BPP: clientes aceitam mega-fundo cotado em bolsa

A Associação de Defesa dos Clientes do Banco Privado Português (BPP) vai propor esta segunda-feira aos seus associados que aceitem a criação do «mega-fundo» proposto pela administração, desde seja cotado em bolsa ou, caso não seja possível, que seja integralmente gerido pela Caixa Geral de Depósitos.

O chamado «mega-fundo», no entender da associação de clientes, seria um fundo mobiliário fechado detentor de todos os produtos financeiros actualmente detidos por vários veículos do BPP (sociedades comerciais, sociedades off-shores ou outras), avançou a Lusa.

Mais de 150 clientes do BPP, pertencentes à Associação de Defesa dos Clientes do Banco Privado Português e à Privado Clientes, estão hoje reunidos à porta fechada num hotel em Lisboa para decidir em conjunto que propostas vão adoptar para serem apresentadas à administração.

De acordo com o documento apresentado aos clientes, ao aceitar a adesão ao «mega-fundo», estes não estariam a abdicar dos seus direitos futuros de levar aos tribunais esta questão ou questões associadas.

Por outro lado, previamente à constituição deste fundo, os clientes teriam acesso e controle de toda a informação respeitante aos veículos detentores e aos activos, nomeadamente como são compostos, quando e em que condições foram adquiridos os activos, se existiram amortizações ou quais os produtos que já venceram.

No caso de o fundo ser cotado em bolsa, seria gerido por uma entidade externa totalmente independente do BPP, no caso de ser a CGD a gerir integralmente o fundo, seria esta a assumir perante os clientes do BPP os exactos termos e condições acordados.

Os eventuais prejuízos da Caixa Geral Depósitos neste processo, de acordo com a proposta aos clientes, seriam exclusivamente imputados ao BPP, assumindo o banco público esta questão em tribunal.