TAP: «2009 vai ser um ano muito duro» - TVI

TAP: «2009 vai ser um ano muito duro»

Luiz Gama-Mór, vice-presidente da TAP

Mas Luiz Gama Mor também acredita que da crise nascerão oportunidades

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O vice-presidente da TAP, Luiz Gama Mor, afirmou esta terça-feira, em Macau, que «2009 vai ser um ano muito duro», sobretudo «no primeiro semestre».

Durante um debate no 34º Congresso da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo, sob o tema «Transporte aéreo: Realidades e Desafios», Luiz Gama Mor não se arriscou a fazer previsões, já que «o efeito da crise é mais fácil de verificar se soubermos qual será a sua duração e profundidade» mas ninguém sabe, no entanto acredita que «durará alguns meses, pelo menos».

Por isso, é certo que haverá um efeito que já se nota no abrandamento do número de passageiros no caso da TAP, e de queda para muitas outras, mas o seu impacto em muito dependerá ainda da evolução de outros factores, como o petróleo e euro/dólar, e ainda «do comportamento dos concorrentes», explicou o responsável. Isto porque, como se sabe, a crise de muitos, é a oportunidade de outros e a TAP está disposta a não deixar escapar nenhum bom negócio, segundo o mesmo.

«Foi o que aconteceu no Brasil. Não esperávamos um crescimento tão grande, mas havendo oportunidades com a falência da Varig, nós agarramo-la. Tivemos que actuar rápido quando houve um espaço e é essa estratégia que vamos continuar a seguir», sublinhou Gama Mor.

Atentos a novas possibilidades

A TAP anunciou no domingo três novas rotas para Junho de 2009 e Gama Mor dá o exemplo de um desses novos destinos, Moscovo, como uma das oportunidades bem aproveitadas. «Vai ser uma boa alternativa para captar receita», já que é encarado como um mercado de muito potencial.

Em suma, embora a crise, o vice-presidente diz que «também sabemos que nestas épocas podem surgir algumas oportunidades e vamos estar atentos», como aconteceu com o Brasil.

De referir ainda que, em termos de tráfego, com a crise, as rotas que mais sofrerão serão as do intra-europeu. «África e Brasil vão continuar a crescer, ainda que a níveis mais baixos», disse.

*A jornalista viajiu a convite da APAVT
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