Governo desvaloriza o facto de 30% dos empregos criados terem sido fora - TVI

Governo desvaloriza o facto de 30% dos empregos criados terem sido fora

Sócrates confia na promessa de 150 mil novos empregos

O número de empregos em território nacional cresceu apenas em 97,8 mil

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O secretário de Estado do Emprego, Fernando Medina, desvalorizou esta sexta-feira o facto de cerca de 30 por cento dos empregos criados desde que o Governo tomou posse terem sido no estrangeiro, dificultando assim o cumprimento da meta dos 150 mil.

Confrontado com a manchete do «Jornal de Negócios», Fernando Medina afirmou que «os dados oficiais que existem no INE são a criação de 130 mil empregos desde o início da legislatura. Há depois dados com uma natureza mais de precisão, que têm muitas vezes a ver com variáveis que têm poucos elementos de amostra, que eu não consigo apurar o seu grau de representatividade». avançou a «Lusa».

«Não creio que seja essa a questão fundamental, porque independentemente dessas precisões a dinâmica fundamental da criação de emprego é uma dinâmica perfeitamente confirmada pelos dados e o desafio com que estamos confrontados é assegurar que ao longo dos próximos trimestres e dos próximos anos consigamos assegurar esta dinâmica da criação de emprego», acrescentou.

Segundo a edição de hoje do «Jornal de Negócios», «27 por cento dos 133 mil novos postos de trabalho que José Sócrates diz terem sido criados desde que chegou ao poder foram, na realidade, empregos arranjados no estrangeiro por residentes em território nacional».

Baseando-se nos números do Instituto Nacional de Estatística, o jornal revela que, entre o primeiro trimestre de 2005 e o segundo trimestre deste ano, o número de residentes com emprego aumentou, de facto em 133,7 mil. Só que as estatísticas oficiais incluem também os empregos encontrados por residentes no estrangeiro que, neste período, aumentaram em 36 mil.

Ou seja, desde que o Governo tomou posse, o número de empregos em território nacional cresceu apenas em 97,8 mil, um valor que fica mais distante da meta eleitoral de criação de 150 mil postos de trabalho até ao final da legislatura.

Fernando Medina, que não respondeu se até ao fim da legislatura esperavam atingir o objectivo dos 150 mil emprego, preferiu salientar que os dados que existem: «e que são dados sólidos relativamente à evolução do mercado de emprego», «confirmam uma evolução positiva da dinâmica da criação de emprego em níveis particularmente significativos».

«O desafio que temos pela frente é o desafio de continuar esta trajectória de crescimento do emprego e esperar que ela se faça a níveis sustentados durante os próximos anos», afirmou o governante.
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