Petróleo: Venezuela defende redução de 1,5 milhões de barris

O ministro do Petróleo venezuelano, Rafael Ramirez, defendeu este domingo o corte entre um e 1,5 milhões de barris na produção de crude por dia para estabilizar o mercado, enquanto a Rússia anunciou que acompanhará um eventual corte da OPEP.

Na abertura da reunião dos ministros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), Rafael Ramirez afirmou que é preciso respeitar os compromissos assumidos e, provavelmente, proceder a outra baixa da produção de crude, avança a Lusa.

O ministro defendeu a redução dos stocks, que são muito elevados, até um ponto de equilíbrio, considerando que, para isso, «seria necessário retirar do mercado entre 1 e 1,5 milhões de barris» por dia.

Desde Setembro, a OPEP, que fornece 40 por cento da produção mundial de petróleo, decidiu retirar do mercado 4,2 milhões de barris por dia para parar a queda de preços do produto bruto.

Para a OPEP, o preço razoável do barril situa-se nos cerca de 75 dólares, enquanto que actualmente o preço no mercado ronda os 45 dólares.

Entretanto, a Rússia anunciou que acompanhará a OPEP para estabilizar o mercado petrolífero, reduzindo também a sua produção de crude.

Em declarações à agência espanhola EFE, o vice primeiro-ministro russo da Energia, Igor Sechin, afirmou que as companhias russas estão a reduzir a produção.

No ano passado, reduziram em três milhões de toneladas a extracção e em 15 milhões de toneladas a exportação, disse Sechin.

«Este ano vamos também apoiar o plano da OPEP. Vamos seguir conjuntamente para obter uma situação mais ou menos estável», avançou o chefe da delegação da Rússia, país que disputa com a Arábia Saudita o primeiro lugar entre os produtores mundiais de petróleo, mas que não pertence à OPEP.