Crise: nenhum país escapa e proteccionismo não é solução - TVI

Crise: nenhum país escapa e proteccionismo não é solução

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Vice-presidente do Banco Mundial para a América Latina defende estratégia internacional coordenada

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A vice-presidente do Banco Mundial (BM) para a América Latina e Caraíbas afirmou esta segunda-feira que «nenhum país vai escapar» à crise mundial e defendeu que a solução passa por uma estratégia internacional coordenada, que inclua aquela região e recuse o proteccionismo.

«Neste momento ninguém no mundo sabe exactamente o que fazer, mas se houve algo que a crise revelou foi quão interligadas estão as economias no mundo actual, não só pelos sistemas financeiros, mas também pelas exportações e produção de bens e serviços. Estamos, por isso, a enfatizar que qualquer solução para a crise precisa de todos os países à volta da mesa», afirmou Pamela Cox em entrevista à agência Lusa, à margem da Reunião Extraordinária de Ministros Ibero-Americanos das Finanças, que hoje decorre no Porto.

E, se o proteccionismo é «a primeira reacção natural» dos vários governos, o actual estádio da globalização impede que este seja olhado como solução.

«Há pressões políticas»

«Com proteccionismo nenhuma solução vai resultar. Há pressões nesse sentido na Europa e noutros países, são pressões políticas normais, mas é importante que instituições como o BM e a Organização Mundial do Comércio recordem que esta não é uma solução de longo prazo. Para a economia mundial crescer o comércio internacional tem que se fazer, todos os países dependem disso», sustentou Pamela Cox.

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Exemplo disto mesmo é a indústria automóvel, onde, segundo salientou, «se se quer proteger os postos de trabalho num país há que os proteger também nos outros, pois os vários componentes são fabricados um pouco por todo o mundo».

Proteccionismo à parte, a vice-presidente do BM refere entre as «medidas-chave» que os vários países podem tomar para enfrentar a crise o lançamento de pacotes de estímulo fiscal, já em curso, e iniciativas de protecção social que evitem que a situação evolua para uma «crise humana».
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