Deco estuda jornada de protesto contra subida de combustíveis - TVI

Deco estuda jornada de protesto contra subida de combustíveis

DECO - Defesa do Consumidor

Resultado de «largas centenas de queixas» de consumidores

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A Associação de Defesa do Consumidor (Deco) está a estudar a convocação de uma jornada nacional de protesto contra os aumentos de preços dos combustíveis, apesar do preço do petróleo estar em queda nos mercados internacionais.

Em declarações à agência «Lusa», o secretário-geral da associação, Jorge Morgado, revelou que a Deco tem recebido «largas centenas de queixas» de consumidores sobre esta situação, «especialmente ao longo do dia de hoje».

Num momento em que o preço do barril de petróleo continua a descer nos mercados internacionais, a BP subiu às 00h00 desta quarta-feira um cêntimo na gasolina e desceu um cêntimo no gasóleo, enquanto a Galp manteve o preço da gasolina e reduziu um cêntimo o gasóleo.

De acordo com o responsável da Deco, os consumidores «não conseguem compreender» as ausência de descida dos combustíveis já que em meses anteriores os operadores justificaram as «sucessivas e rápidas» subidas nas bombas com a alta do petróleo, afirmando agora que precisam de mais tempo para proceder ao respectivo acerto do preço em baixa.

«As empresas deixaram completamente cair a máscara junto dos consumidores», considerou Jorge Morgado, que admite estudar a «realização de uma jornada nacional de protesto», à semelhança do que a Deco fez no final da década de 1990 contra a cobrança de uma taxa de activação nas chamadas da PT e mais recentemente contra o contra o pagamento de uma taxa sobre a utilização do Multibanco.

Por outro lado, criticou Jorge Morgado, o processo de fixação dos preços dos combustíveis «não é transparente», uma responsabilidade que o responsável da Deco também atribui à Autoridade da Concorrência (AdC).

«A AdC tem vindo a descredibilizar-se, uma vez que não consegue explicar este estado de coisas» no sector dos combustíveis, onde «impera exclusivamente a lógica das empresas», disse o secretário-geral da Deco.

Jorge Morgado recordou que a associação de defesa do consumidor alertou para esta situação no momento em que foi liberalizado o mercado dos combustíveis (Janeiro de 2004), tendo considerado na altura que o mercado português tem um «carácter oligopólico».
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