A Comissão Europeia (CE) melhorou esta quinta-feira a previsão para a queda da economia portuguesa em 2020, esperando agora uma contração de 9,3%, o que compara com os 9,8% previstos em julho.
Os números esta quinta-feira conhecidos são mais pessimistas que os previstos pelo Banco de Portugal (queda de 8,1%) e pelo Ministério das Finanças (-8,5%), estando em linha com as previsões do Conselho das Finanças Públicas (também -9,3%), mas sendo mais otimistas que os da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE, -9,4%) e que as previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI, -10,0%).
Para 2021, a Comissão Europeia prevê um crescimento económico de 5,4% em Portugal (o mesmo valor que o previsto pelo Governo), uma revisão em baixa das suas estimativas de julho (crescimento de 6,0%), esperando ainda um crescimento de 3,5% do PIB em 2022.
Desemprego
As previsões relativas à taxa de desemprego este ano também melhoraram, esperando agora que se situe nos 8% este ano, depois de ter previsto 9,7% em maio.
Para 2021, Bruxelas vê a taxa de desemprego baixar para os 7,7% (6,6% em 2022), um número em linha com o do FMI (também 7,7%), mas abaixo da OCDE (9,6%), CFP (8,8%) e Ministério das Finanças (8,2%).
Bruxelas piora previsão de défice para 7,3% e dívida nos 135,1% em 2020
No entanto, a CE piorou as previsões para o défice e a dívida pública, esperando um saldo orçamental de -7,3% do Produto Interno Bruto (PIB), como o Governo, e uma dívida pública de 135,1% do PIB.