Utentes da A28 planeiam protestos contra portagens

O porta-voz do movimento cívico contra a introdução de portagens na A28 garante que a luta vai continuar, apesar das promessas governamentais de isenção de pagamento para trânsito local e «utilizadores frequentes».

Segundo o presidente da Câmara de Vila do Conde, Mário de Almeida, o ministro das Obras Públicas disse esta terça-feira que as portagens na A28 continuam em agenda e serão introduzidas pelo Governo, mas existirão «isenções» para «trânsito local» e será também contemplada a situação do «utilizador frequente [da estrada], pessoas que vão para o seu emprego, as suas casas».

«Estas promessas são muito vagas e, possivelmente, inexequíveis», disse à Lusa Jorge Passos, porta-voz do movimento cívico «Naturalmente... não às portagens na A28», questionando: «Como se vai definir o que é trânsito local? Pelas matrículas? E se uma pessoa do Alto Minho comprou o automóvel, por exemplo, pelo sistema de leasing e essa viatura está registada noutra cidade, deixa de ser trânsito local?».

Para este activista, todas as promessas feitas pelo ministro das Obras Públicas «soam a vago e a inexequível», pelo que o resultado da reunião que o governante manteve com cinco autarcas do Litoral Norte «sabe a muito pouco».

Autarcas e Governo reunidos esta tarde

Por isso, Jorge Passos garantiu que a «luta contra as portagens na A28 vai continuar» e já tem preparado, para este mês, um «mega-buzinão» de protesto.

Já da reunião que juntou os presidentes de Câmara de Viana do Castelo, Esposende, Póvoa de Varzim, Vila do Conde e Matosinhos com o ministro das Obras Públicas, o autarca Mário de Almeida definiu o encontro como «produtivo», adiantando que exisitirão novas reuniões «em breve».

Por sua vez, o ministro António Mendonça não prestou declarações aos jornalistas no final da reunião.