Empresas de crédito instantâneo mais abertas a renegociar que a banca - TVI

Empresas de crédito instantâneo mais abertas a renegociar que a banca

Bancos

Os casos de casas penhoradas não param de aumentar e os bancos têm uma quota-parte da responsabilidade, já que nem sempre facilitam a vida aos clientes quando estes deixam de conseguir pagar as prestações.

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Quem o diz é Sandra Simões, que tem uma empresa com o seu nome, que vende as casas que os bancos penhoram aos seus clientes, antes de estas chegarem à fase de leilão.

Diz quem lida no dia-a-dia com estas situações que «os casos mais problemáticos se devem à acumulação de vários empréstimos, sobretudo em instituições do chamado crédito instantâneo, onde as taxas de juro são frequentemente altas, chegando a ultrapassar os 30%, sem que os consumidores se apercebam».

Em entrevista à «Agência Financeira», Sandra Simões explica que, quando percebeu a quantidade de gente que estava sobreendividada e que, por causa disso, via os seus bens penhorados, decidiu aventurar-se num novo ramo de actividade, que está também em forte crescimento pelo País fora: a renegociação e consolidação de crédito.

Estas empresas, em que se inclui também a «BolsoCheio», da empresária, negoceiam com as instituições de crédito em nome dos clientes, tentam juntar todas as prestações, referentes a vários créditos diferentes, numa só, reduzindo assim os juros cobrados.

«As pessoas podem conseguir reduzir o montante total a pagar ao banco, por mês, em 5 a 10%. Pode não ser muito, mas às vezes faz a diferença», refere.

Para Sandra Simões, o primeiro passo é fazer as contas e «ver se ainda é possível ajudar as pessoas a manterem ou, caso já a tenham perdido, a recuperarem as suas casas».

E o que descobriu, quando entrou neste ramo de actividade, deixou-a, de algum modo, surpreendida: «quando é preciso renegociar créditos, as empresas de crédito instantâneo facilitam mais do que os bancos propriamente ditos. Os bancos não aceitam nada bem as tentativas de consolidação dos créditos, mesmo com clientes de topo. Por vezes, são clientes do mesmo banco há anos, sempre pagaram todos os créditos, tiveram lá dinheiro aplicado¿ mas basta um erro, um azar, e o banco trata-os como a qualquer cliente, não facilita nada», refere a empresária.
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