Combustíveis tornam carros híbridos um sucesso - TVI

Combustíveis tornam carros híbridos um sucesso

Toyota Avensis 2.2 D-4D 150cv 25

Os combustíveis não têm parado de aumentar. A perspectiva é para se manter a tendência de alta, e os portugueses, agora mais informados, já acorrem em força às alternativas numa tentativa de poupar.

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Os carros híbridos são um exemplo. Em hora de apertar o cinto, para muitos suportar o agravamento da factura dos combustíveis começa a ser incomportável. E assim, seja por um maior conhecimento das suas vantagens ou mesmo por uma maior consciência ambiental, o facto é que os carros híbridos estão a ganhar, cada vez, mais adeptos em Portugal.

Que o diga a Honda, que se no ano passado vendeu mais de mil unidades do seu modelo híbrido, o «IMA», e este ano tem ainda mais motivos para sorrir. O novo modelo da marca nipónica, o «Hybrid» que vem substituir o «IMA» (agora descontinuado), já esgotou o stock, tendo vendido entre Janeiro e Março, deste ano, as 160 unidades de que dispunha.

Em declarações à «Agência Financeira», Paulo Pacheco, da Honda Portugal, garante que a adesão ao «Hybrid» foi «fantástica», tanto que, nesta altura, a Honda já não tem capacidade de suprir a procura o mercado».

Portugueses em lista de espera para ter um carro

Embora estes números ainda se situem muito longe de verdadeiros casos de sucesso em países como nos EUA, esta é a prova de que a procura começa a responder. Actualmente, a Honda já tem uma lista de espera para aquisição do novo híbrido, que garante as vendas até Julho. No final do ano, espera ter vendido 456 carros.

De resto, a única outra marca que vende híbridos no mercado português, a Toyota, também apresenta um saldo positivo. A marca, que já vende este tipo de veículos há dez anos, tem vindo, progressivamente, a aumentar o número de vendas em Portugal. Em 2004 vendeu 33 unidades, que passaram a 200 no ano passado e a expectativa para este ano aponta para a comercialização de 220 carros. Para já, neste primeiro trimestre, a Toyota vendeu 43 modelos «Prius», o mesmo número de viaturas que no período homólogo.

Empresas públicas começam a aderir em contenção de custos

Mas não é só o comum dos consumidores a abrir os olhos para esta realidade. Na tentativa de diminuírem custos, a Toyota começou já a vender este modelo para as frotas de inúmeras entidades públicas, instituições e empresas. A Câmara Municipal do Seixal (6 viaturas), a de Almada (5), Tavira (2), ou empresas como a Portugal Telecom (1) e a EDP (2) são alguns exemplos.

Preços acessíveis, consumo reduzido e benefícios fiscais

E são várias as razões que podem levar a optar por um híbrido em prol de um carro a gasóleo ou a gasolina. O facto é que quando comparados com os carros mais semelhantes, das marcas, a combustível tradicional, os preços são agora muito idênticos. Os preços variam entre os 22 mil e os 29 mil euros, sensivelmente. Para além disso, o consumo é consideravelmente diferente, para mais baixo, e reduzem consideravelmente a emissão de Co2, um factor que vai passar a pesar na carga fiscal automóvel em Portugal, segundo as novas regras. Os veículos equipados com motores híbridos que utilizem no seu sistema de propulsão quer GPL, gás natural, energia eléctrica ou solar, quer gasolina ou gasóleo beneficiam de uma redução de 40%.

Para melhor, resta só aguardar por mais concorrência, que se adivinha que chegue da Renault. Contactada, a construtora francesa adiantou-nos, em comunicado, que prevê que até 2009 sejam introduzidas novas medidas. «O objectivo é melhorar ainda mais, vendendo a partir de 2008, 1 milhão de veículos emitindo menos de 140 g de CO2 por km, dos quais um terço menos de 120 g».

«Além disso, 50 % dos veículos com motor a gasolina propostos para venda na Europa em 2009 poderão funcionar com uma mistura de gasolina e etanol. Finalmente, todos os motores diesel da gama estarão aptos, na mesma data, a funcionar com uma taxa de 30% de diester (diester é um combustível obtido a partir de óleo vegetal ou animal)», acrescenta, Carlos Ghosn, presidente da Renault.
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