Constâncio diz que caminho de recuperação da economia é «convincente» - TVI

Constâncio diz que caminho de recuperação da economia é «convincente»

Vitor Constâncio

O governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, admitiu esta quarta-feira que o caminho da recuperação da economia portuguesa anunciado pelo governo «é convincente» mas, por enquanto, «ainda moderado».

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«As previsões que fizemos para o próximo ano indicam que a economia vai recuperar um pouco, o que abre perspectivas de congelação e de normalização da conjuntura portuguesa no sentido de voltar a estar sincronizada com a conjuntura europeia», avançou a «Lusa».

Vítor Constâncio, que falava à margem de um almoço-debate da Câmara de Comércio Luso-Britânica, no Porto, referiu que este caminho de convergência de Portugal poderá ser conseguido desde que «obviamente a conjuntura europeia continue, ela própria, no caminho de retoma que tem vindo a fazer consistentemente e com a inflação controlada».

Na actualização do PEC, divulgada no site da Assembleia da República, na quarta-feira, o Governo reafirma os objectivos de crescimento da economia de 1,4 por cento este ano e de 1,8% no próximo, previstos no Orçamento do Estado (OE) para 2007, e também reafirma o objectivo de um ritmo de expansão de 3% em 2009, previsto no anterior PEC, o mesmo valor que prevê para 2010.

As exportações continuam a destacar-se como motor de crescimento, com ritmos de expansão superiores aos das importações, apesar de o diferencial entre as duas taxas se reduzir durante o período, passando de 3,5 pontos percentuais, em 2007, para 1,1 pontos em 2010.

Também na quarta-feira o ministro das Finanças admitiu que Portugal pode vir a ter condições para baixar os impostos dos portugueses, se as previsões económicas mais recentes para o país e para as contas públicas se concretizarem.

«Se formos capazes de ter sucesso na implementação do Programa de Estabilidade e Crescimento e se se concretizarem as projecções macroeconómicas, então poderemos vir a ter condições que nos permitam aliviar a carga fiscal sobre os portugueses», disse Teixeira dos Santos em declarações aos jornalistas à margem da comemoração do décimo aniversário do Instituto de Gestão de Crédito Público (IGCP).
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