Liverpool atacou com tudo no Etihad, mas City cresceu e jogo terminou empatado - TVI

Liverpool atacou com tudo no Etihad, mas City cresceu e jogo terminou empatado

Enorme intensidade no duelo que colocou Jota frente a Ruben Dias, Cancelo e Bernardo Silva

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O Liverpool foi ao Etihad procurar surpreender o Manchester City com uma frente alargada de ataque, com Jota sobre a direita, e até ganhou vantagem cedo, mas depois a equipa de Guardiola reagiu, cresceu no jogo e esteve perto de virar o resultado antes do intervalo. Na segunda parte o ritmo voltou a crescer, o jogo chegou a ser frenético, mas acabou por cair na etapa final, com os dois candidatos mais empenhados em não perder, do que propriamente em ganhar. Mas foi, sem dúvida, um grande espetáculo de futebol.

Jürgen Klopp foi bombardeado com perguntas sobre o estatuto de Jota em relação a Firmino depois do internacional português ter marcado um «hat-trick», a meio da semana, na Liga dos Campeões. O treinador alemão respondeu este domingo, colocando os dois no onze inicial. Um onze que suscitava algumas dúvidas, uma vez que, além de Firmino e Jota, também estavam Salah e Mané. Um onze extremamente ofensivo para jogar em casa do adversário, mas foi isso mesmo que aconteceu, com o português sobre a direita, o senegalês no lado contrário e o egípcio no meio, nas costas do brasileiro.

Um onze com tração à frente que colocou muitas dificuldades ao City, particularmente à defesa que contava com João Cancelo e Ruben Dias. A equipa de Klopp entrou no jogo a todo o gás, subindo em bloco, entrando por todos os corredores em simultâneo. Uma pressão intensa e constante que asfixiava a equipa de Guardiola que não conseguia sair a jogar. Uma pressão que acabou por ditar uma falta óbvia de Walker sobre Mané que Salah converteu no primeiro golo do jogo aos 13 minutos.

O Liverpool impunha a sua lei no jogo, com Jota e Mané a ajudarem a defender, nos corredores, mas a verdade é que a equipa de Klopp, com elevada posse de bola, jogava mais tempo no campo adversário. O City demorou a ajustar-se, mas foi crescendo de forma consistente no jogo.

No primeiro lance com princípio, meio e fim, a equipa de Guardiola chegou ao empate, aos 32 minutos. Walker destacou-se sobre a direita, solicitou De Bruyne na zona central e o belga, por sua vez, lançou Gabriel Jesus para o interior da área. O avançado brasileiro, que fez apenas o segundo jogo como titular, desembaraçou-se do central de marcação com um pormenor fantástico e atirou a contar com a ponta da bota.

O jogo prosseguiu a um ritmo endiabrado, cansativa até para quem está a ver, com parada e resposta, e o City teve uma oportunidade soberana para chegar ao intervalo em vantagem, quando Gomez cortou um cruzamento de De Bruyne com o braço. No entanto, o internacional belga, desde a marca dos onze metros, atirou para o lado contrário de Alisson, mas ao lado.

O Liverpool voltou a entrar com tudo na segunda parte, procurando atacar com uma frente alargada, mas agora tinha um City já vacinado, preparado para responder de pronto e explorar o adiantamento dos visitantes. Um jogo de parada e resposta, com oportunidades nas duas balizas, ao ponto de Klopp reconsiderar o plano inicial, prescindindo de Firmino para equilibrar o meio-campo com Shaqiri. Logo a seguir, Alexander-Arnold lesionou-se e o treinador alemão teve de compor a defesa com Milner.

No outro lado, Guardiola procurou tirar proveito das mudanças do adversário com a entrada de Bernardo Silva para o lugar do apagado Torres e o jogo seguiu intenso, com De Bruyne, talvez com problemas de consciência, pelo penálti desperdiçado, a deixar tudo em campo, com destaque para um remate colocado que passou a rasar a barra. Com um grande passe de Cancelo, Gabriel Jesus destacou-se na área, mas cabeceou ao lado.

O jogo foi perdendo o forte ritmo da primeira hora de jogo, agora com os jogadores mais determinados em não sofrer do que em voltar a marcar nos últimos instantes do jogo.

Um empate que faz sentido entre duas equipas de grande qualidade que deixaram tudo em campo, mas sem conseguir uma grande diferença em relação ao adversário.

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