Sampaio da Nóvoa critica os que pensam que política é "clube privado" - TVI

Sampaio da Nóvoa critica os que pensam que política é "clube privado"

Sampaio da Nóvoa [Foto: Lusa]

Candidato presidencial esteve, este sábado no distrito de Santarém

O candidato presidencial Sampaio da Nóvoa criticou este sábado os que “pensam que a política é uma espécie de clube privado” e os que “enchem a boca de cidadania”, mas se indignam quando um cidadão se “atreve a candidatar-se”.

“Não precisamos de um Presidente subserviente, faz falta um Presidente independente. Há alguns que ainda pensam que a política é uma espécie de clube privado, mais ou menos fechado. Enchem a boca de cidadania, mas logo se indignam quando um cidadão diz presente. Como é que ele se atreve e candidata-se logo ao mais alto cargo da nação?”, declarou, em Santarém, num jantar que reuniu mais de 300 pessoas.


O jantar de apoiantes, no Centro Nacional de Exposições, encerrou uma visita ao distrito de Santarém que começou no Entroncamento e passou por Vila Nova da Barquinha, pelo Cartaxo e por uma visita à Avisan, Feira de Aves e Animais de Companhia.

Num discurso construído em torno de cinco pedidos - para que os seus apoiantes “digam a toda a gente” que o país precisa de um presidente presente, independente, transparente, que proteja o ambiente e aberto ao futuro -, Sampaio da Nóvoa frisou que não haverá alteração significativa na vida política se “outras pessoas com vida profissional, empresarial, académica, cultural continuarem a afastar-se ou a serem afastadas da política”.

O reitor honorário da Universidade de Lisboa afirmou que a sua candidatura surge com a confiança de três Presidentes que “marcaram o país” – Ramalho Eanes, Mário Soares e Jorge Sampaio – e que “podem dar mais garantias do que outros ou outras que pouco sabem sobre esta matéria”.

Num jantar em que ouviu palavras de ordem como “o Presidente está aqui não está na TVI”, o candidato declarou a sua estranheza pelo “manto de silêncio” criado sobre as presidenciais nas últimas semanas, “como se não contassem para nada”, como se “já tudo estivesse decidido”.

“Durante meses e meses durante o ano de 2015, pelo menos aos domingos, ouvia-se falar das presidenciais. Agora nada. Silêncio. Porque será? Distração não é certamente e a democracia não se faz assim”, afirmou.


Sampaio da Nóvoa pediu aos seus apoiantes para que “digam a toda a gente que nada está decidido”, pois “quem decide são as pessoas, são os eleitores”.

A intervenção de Sampaio da Nóvoa foi antecedida por curtos discursos de três elementos da comissão executiva distrital da sua candidatura, dois deles ex-presidentes de câmara e um deputado (todos eles militantes socialistas), e da deputada do PS e secretária da Mesa da Assembleia da República Idália Serrão.
Continue a ler esta notícia