Charrua nega frase que lhe foi atribuída - TVI

Charrua nega frase que lhe foi atribuída

  • Portugal Diário
  • 3 jul 2007, 22:27

O professor alvo de um processo disciplinar apresentou a sua defesa

O professor Fernando Charrua negou esta terça-feira, na defesa que apresentou no âmbito do processo disciplinar de que é alvo, ter dito a frase ofensiva para com o primeiro-ministro que lhe é imputada no acórdão que propõe a sua suspensão, escreve a Lusa.

O despacho de acusação que propõe a suspensão do professor Fernando Charrua das suas funções na Direcção Regional de Educação do Norte (DREN), imputa-lhe a frase «Somos governados por uma cambada de vigaristas e o chefe deles todos é um f. da p.».

Na defesa que apresentou na DREN, para contestar o acórdão, Fernando Charrua negou ter dito esta frase e «muito menos, ainda de o ter feito, como agora convenientemente se invoca, à porta da assessoria da Direcção».

«Tudo o que disse naquele dia», sublinhou o professor, «disse-o dentro daquele gabinete e ao Dr. Rolando Silva [seu superior hierárquico na DREN], numa conversa estritamente pessoal».

Fernando Charrua, num comunicado enviado à agência Lusa em que faz um resumo da defesa que apresentou na DREN, não explica, porém, se proferiu algum comentário sobre o primeiro-ministro nas instalações da DREN.

O professor e ex-deputado do PSD, no mesmo comunicado, diz apenas que nunca escondeu, «nem teria que o fazer», as suas críticas «à licenciatura do primeiro-ministro pela Universidade Independente e, em particular, da forma pouco clara e transparente» como, no seu entender, «a mesma foi obtida».

No passado dia 14 de Junho, quando foi conhecido o acórdão que propõe a sua suspensão, Charrua já tinha negado ter dito a frase constante no documento, assumindo apenas ter proferido um comentário «menos educado» à mesa de um restaurante, no dia 20 de Abril.

No seu depoimento de defesa, Charrua chamou ainda a atenção para «a existência de várias incongruências» nos relatos das diversas testemunhas ouvidas no processo e para o facto de, segundo «fonte segura», «o delator não ter sido o participante oficial e de a própria directora da DREN, segundo as suas próprias declarações, ter recebido uma participação genérica via SMS».

Atendendo a estes aspectos, o professor requereu a inquirição da directora da DREN, Margarida Moreira, e a re-inquiriação do director de recursos humanos da DREN, António Basílio.

No comunicado enviado à Lusa, Charrua diz que «mesmo que viesse a ser provada a veracidade das afirmações» que lhe são imputadas, «o certo é que aquele comportamento não se consubstancia como violador do dever de lealdade, nem tão pouco do dever de correcção», já que o primeiro-ministro não é seu superior hierárquico.
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