Central nuclear é cenário «um bocadinho pateta» - TVI

Central nuclear é cenário «um bocadinho pateta»

Central nuclear (arquivo)

Ex-secretário de Estado do Ambiente do PSD aponta as desvantagens deste tipo de energia

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O deputado do PSD e ex-secretário de Estado do Ambiente José Eduardo Martins defendeu hoje que admitir o cenário de uma central nuclear em Portugal é «uma coisa um bocadinho pateta» neste momento, escreve a agência Lusa.

«Não quer dizer que não se possa no futuro fazer do nuclear uma energia importante. Neste momento, para mim, não é», declarou José Eduardo Martins, numa intervenção sobre ambiente e energia na Universidade de Verão do PSD, em Castelo de Vide, Portalegre.

Apontando os casos da Finlândia e da França, dois países europeus que produzem energia nuclear, o deputado do PSD sublinhou que «em 25 anos vai acabar o urânio do reactor finlandês» e que «o seu preço duplicou».

«50 por cento da água da França é gasta nas centrais nucleares», acrescentou, salientando que uma central nuclear precisa «de água suficiente para arrefecimento». «Isto logo à partida faz do cenário de uma central nuclear em Portugal uma coisa um bocadinho pateta».

José Eduardo Martins assinalou ainda que «não há rentabilidade nuclear com menos de três instalações», que «os resíduos até hoje não têm solução» e que as centrais não devem ser instaladas em locais com risco de sismos.

«Isto não quer dizer que não haja novas tecnologias no futuro. Precisamos de uma revolução tecnológica ao nível dos equipamentos», ressalvou, manifestando-se a favor de que haja debate público sobre a energia nuclear.

Na sua intervenção perante os alunos da Universidade de Verão do PSD, José Eduardo Martins referiu-se ao ministro do Ambiente, Francisco Nunes Correia, como inexistente e como «um coleccionador de pins».

Das políticas do actual Governo do PS em matéria de ambiente, segundo José Eduardo Martins, «talvez fique uma única coisa, se for bem concretizada: o plano nacional de aproveitamento hidroeléctrico, o programa nacional de barragens».
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