Magalhães: Fundação deve 109 milhões às operadoras móveis

A Fundação para as Comunicações Móveis, gestora dos programas e.escola e e.escolinha e que é objecto de uma comissão de inquérito, deve 109 milhões de euros à TMN, Vodafone e Optimus, disseram os presidentes das operadoras de telecomunicações, avança a Lusa.



Os presidentes executivos da Portugal Telecom (PT), Vodafone e Sonaecom foram ouvidos esta semana na comissão de inquérito à Fundação para as Comunicações Móveis (FCM).

À TMN, a FCM tem de pagar 96 milhões de euros: 86 milhões de euros referentes ao programa e.escola e sete milhões relativos ao programa e.escolinha. Zeinal Bava disse, ainda, que a TMN já recebeu 143 milhões de euros da FCM, 23 milhões de euros dos quais referentes ao programa e.escolinha.

A Fundação deve também quatro milhões de euros à Vodafone, dos quais cerca de 400 mil euros são referentes ao e.escola e 3,6 milhões de euros dizem respeito ao e.escolinha. António Coimbra disse ainda que o último pagamento da FCM, de cerca de oito milhões de euros, foi feito no dia 26 de Fevereiro.

Já a dívida da FCM para com a Optimus ascende a nove milhões de euros. Segundo Ângelo Paupério, a «regularização das contas passa pelo registo de juros», adiantando que não foi solicitado o pagamento destes juros.

Operadoras investiram 12,4 milhões no e.escola

Já os três operadores de telecomunicações investiram, em conjunto, 12,4 milhões de euros no programa e.escolinha, no âmbito do qual foram distribuídos os computadores Magalhães, disseram os presidentes das empresas.



A TMN investiu 11,5 milhões de euros no programa e.escolinha - no âmbito do qual distribuiu 200 mil computadores, cinco mil dos quais com ligação à Internet em banda larga ¿ além de ter pago 70 euros por cada ligação de banda larga que consegui com o programa, disse o presidente executivo da PT.

A Vodafone, por seu turno, investiu 500 mil euros no e.escolinha e a Optimus investiu 100 mil euros.

Durante as audições, os presidentes executivos da Vodafone e da PT afirmaram que a criação da FCM foi proposta pelo Governo.

A comissão de inquérito à FCM visa saber em que moldes foi adjudicado o fornecimento dos computadores Magalhães à JP Sá Couto e apurar o destino das verbas das contrapartidas das licenças para os serviços móveis de terceira geração.

As audições continuam na próxima semana.