Euro2020: Suíça-Espanha, 1-1, 1-3 gp (crónica) - TVI

Euro2020: Suíça-Espanha, 1-1, 1-3 gp (crónica)

Regresso às meias com quarto empate

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A Espanha voltou a sofrer, mas está de volta às meias-finais de um Campeonato da Europa ao bater a Suíça no desempate por grandes penalidades (3-1), depois de um empate 1-1 no final do prolongamento. A equipa de Luis Enrique entrou mais forte e a mandar no jogo, ganhou vantagem, mas depois permitiu o empate dos helvéticos e não conseguiu desfazê-lo mesmo a jogar contra dez durante 45 minutos, com Sommer a revelar-se, mais uma vez, um gigante entre os postes. Valeu a melhor pontaria na lotaria dos penaltis para a equipa de Luis Enrique voltar a ficar a um passo da final.

Entrou melhor a Espanha, com Luis Enrique a manter a confiança em Ferran Torres no ataque, depois da boa exibição frente à Croácia, recuperando ainda Pau Torres para a defesa e Rodri para o meio-campo, para montar uma equipa que se mostrou dominadora desde o primeiro minuto, com elevada posse de bola, largura de jogo e muitas oportunidades junto da baliza de Sommer.

Vladimir Petkovic, por seu lado, também manteve a confiança no onze que derrubou o campeão do mundo, lançando apenas Zakaria, que acabaria por ser protagonista, para o lugar do castigado Xhaka. Uma equipa que entrou determinada a sofrer, mas concentrada para aproveitar todos os erros que os espanhóis cometessem.

Como já tínhamos dito, a Espanha entrou mais forte, com bola ou sem bola, com uma pressão alta constante a colocar muitas dificuldades à Suíça que procurava sempre sair a jogar com critério. A pressão espanhola era intensa no meio-campo helvético, com os homens de luis Enrique a subir no terreno quando perdiam a bola, para a recuperar de forma rápida, para depois recuar e construir de trás para a frente.

Uma pressão intensa que acabo por proporcionar um golo cedo, logo aos 8 minutos, na sequência do primeiro canto do jogo. Cruzamento largo de Koke da direita com a bola a chegar ao lado contrário onde surgiu Jordi Alba, solto, a rematar forte. Zakaria tentou cortar a bola, mas acabou por desviá-la para a própria baliza, apanhando Sommer em contrapé. Estava feito o primeiro golo num jogo que, nesta altura, prometia muitos mais, até pelo que as duas seleções tinham feito nos oitavos de final.

A Suíça manteve a cabeça fria e não abanou, procurando manter a mesma consistência defensiva, mas a estratégia de Petkovic acabou por sofrer novo revés com a lesão de Embolo, um avançado importante para as transições rápidas que a Suíça procurava explorar. Entrou Vargas para o mesmo papel, mas era a Espanha que continuava a ser a dona da bola, a procurar aumentar a vantagem, com uma pressão asfixiante, conseguindo explorar as alas, com rápidas mudanças de flanco.

Depois do sofrimento frente à Croácia, Luis Enrique pretendeu evitar novos calafrios e, neste sentido, refrescou o ataque para a segunda parte, com Dani Olmo a render Sarabia e, logo a seguir, com a entrada de Gerard Moreno para o lugar do desgastado Morata (o jogador de campo com mais minutos no Europeu).

Suíça reduzida a dez, Sommer cresce na baliza

A segunda parte começou nos mesmos moldes, com a Espanha a pressionar alto, mas agora com a Suíça, em desvantagem, a conseguir sair do sufoco com mais frequência. Shaqiri com um canto direito, às malhas laterais, mostrou que a Suíça vinha para discutir a eliminatória e, pouco depois, o jogador do Liverpool lançou Zuber que obrigou Unai Simón à defesa mais complicada do jogo. Dois avisos sérios e a Espanha acabou por tremer. Pau Torres e Laporte desentenderam-se em zona de construção, a bola sobrou para Freuler que serviu o incontornável Shaqiri para o golo do empate.

Nos minutos seguintes, tal como tinha acontecido frente à França, a Suíça cresceu na mesma medida em que a Espanha perdeu o equilíbrio e a reviravolta chegou a estar à vista, mas por pouco tempo. Uma entrada em carrinho de Freuler sobre Moreno resultou num vermelho direto e obrigou a Suíça a recuar em toda a linha. Petkovic procurou rapidamente equilibrar a sua equipa, prescindindo de Shaqiri e Seferovic, mantendo apenas Gavranovic como única referência ofensiva.

Um convite para a Espanha voltar a tomar conta do jogo, mais uma vez de forma avassaladora. Nesta altura, as equipas começavam a acusar o esforço despendido nos oitavos de final, mas os espanhóis pareciam bem mais frescos, assumindo a condução do jogo e voltando a colocar Sommer como figura central do jogo. Sucederam-se as oportunidades dos espanhóis que passaram a atacar com uma linha de quatro, mas os suíços conseguiram manter intato o nulo, obrigando a novo prolongamento.

Luis Enrique voltou a arriscar lançando primeiro Marcos Llorente depois Oyarzabal, para o último assalto, com Petkovic, em sentido contrário, a reforçar a consistência a sua equipa. Trinta minutos intensos da Espanha com Sommer a voltar a brilhar ao mais alto nível para anular os sucessivos remates de Gerard Moreno, Oyarzabal, Llorente e Busquets. Nada a fazer, o nulo manteve-se até final e a Suíça apostou tudo em novo golpe de sorte nos penaltis.

A Suíça até começou melhor, depois de Busquets ter falhado o primeiro pontapé, mas depois do primeiro remate certeiro de Gavrarnovic, não conseguiu voltar a bater Unai Simón e foi a Espanha que seguiu em frente com os pontapés certeiros de Dani Olmo, Gerar Morno  Oyarzabal.

Apesar do quarto resta fase final, a Espanha está a um passo de repetir os êxitos de 2008 e 2012. A Suíça, por seu lado, despede-se orgulhosa, com a melhor prestação de sempre numa fase final.

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