Açude de Murta em risco - TVI

Açude de Murta em risco

Gripe das Aves em Portugal - Foto Paulo Cunha/Lusa

Quercus alertou para a falta de manutenção do dique no Açude de Murta, em Alcácer do Sal

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A associação ambientalista Quercus alertou esta quinta-feira para a falta de manutenção do dique no Açude de Murta, em Alcácer do Sal, que afecta uma área classificada como Zona de Protecção Especial para Aves, destruindo habitats naturais, informa a Lusa.

«É uma zona com um habitat natural importante, que tem um açude e um sistema de ilhas flutuantes, e como a manutenção do dique e comportas não tem sido feita a água está sempre em baixo» o que «altera as condições de habitats naturais quase únicos na região», disse à Lusa José Martins, da associação ambientalista.

O responsável salientou que o objectivo da Quercus é sensibilizar as autoridades para esta situação. «Antes existiam grandes colónias de garças no local, apesar de agora tal não acontecer. É uma zona do domínio privado mas tem que ser feita uma gestão adequada e equilibrada entre quem usa a água e o habitat», explicou.

José Martins lembrou que o Açude de Murta é uma área classificada como ZPE (Zona de Protecção Especial) para Aves, também inserida no Sitio da rede natura 2000 Comporta-Galé.

O responsável explicou ainda que a Quercus teve conhecimento que os actuais proprietários solicitaram junto do Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade um pedido de autorização para efectuar uma limpeza em larga escala.

No entanto, José Martins espera que os organismos públicos sensibilizem os proprietários porque, em muitos casos, «metem lá as maquinas para limpar aquilo que para eles é vegetação seca e vai tudo à frente».

José Martins confessou também que a nova direcção da Quercus na região vai entrar em contacto com os proprietários e também com as entidades responsáveis para resolver o problema.

«Tendo em consideração o valor natural do Açude da Murta, a Quercus exige que seja restaurado com a maior brevidade possível o dique e respectivas comportas de forma a permitir a recuperação da vegetação arbórea e arbustiva das ilhas flutuantes e que futuras intervenções previstas não ponham em causa a estruturas das referidas ilhas», sustenta.
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