Portugal avança na protecção à camada de ozono mas. . . - TVI

Portugal avança na protecção à camada de ozono mas. . .

Sol [Arquivo]

Quercus diz que continuamos a ter um mau desempenho na recuperação e tratamento dos CFC

A associação ambientalista Quercus reconhece avanços, este ano, na recuperação e tratamento dos clorofluorcarbonetos [CFC: compostos químicos que se encontram nos gases utilizados nos frigoríficos, arcas congeladoras e aparelhos de ar condicionado] este ano, mas adverte que ainda há muito por fazer.

No momento em que se assinala o Dia Internacional para a Protecção da Camada de Ozono, a Associação Nacional da Conservação da Natureza refere que «apesar do esforço das entidades gestoras de resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos e de algumas campanhas de sensibilização, Portugal continua a apresentar um mau desempenho na recuperação e tratamento dos CFC».

A Quercus cita dados das entidades gestoras de resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos, segundo os quais no ano passado foram recuperadas cerca de 34 toneladas de CFC, um valor superior em 27 por cento aos montantes de 2007 (24 toneladas), refere a Lusa.

«Apesar deste crescimento, estes são valores que representam apenas uma percentagem pequena do total existente nos equipamentos em fim de vida, pelo que algumas centenas de toneladas continuam a ser emitidas para a atmosfera», realça, porém, a associação ambientalista.

Segundo a Quercus, os CFC encontram-se ainda presentes nos equipamentos mais antigos, alertando que «a sua não remoção/tratamento faz com que sejam libertados para a atmosfera, com consequências graves na destruição da camada de ozono».

A Quercus lembra que, para os CFC serem «removidos e tratados, os equipamentos velhos terão de ser encaminhados sem serem compactados ou removidas peças, pelo que é essencial que os cidadãos e as autarquias tenham este cuidado».

Entre 1988 e 1992 o consumo de gases CFC diminuiu 40 por cento e em Dezembro de 1995 a União Europeia e os Estados Unidos baniram quase completamente a produção e a importação de CFC e outras substâncias prejudiciais à camada do ozono.

Esta situação levou a que o preço dos CFC tenha aumentado, originando a criação de uma espécie de mercado negro que continua a ser fornecido por países onde a sua produção ainda é legal.

Os CFC estão entre os principais causadores da diminuição da camada de ozono, que nos protege da radiação ultravioleta.
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