Aborto: Carlos Carvalhas pelo «sim» - TVI

Aborto: Carlos Carvalhas pelo «sim»

  • Portugal Diário
  • 13 jan 2007, 11:04

Ex-secretário Geral do PCP entra na campanha para o referendo

O ex-secretário Geral do PCP, Carlos Carvalhas, defendeu sexta-feira que o que está em causa no referendo de 11 de Fevereiro é acabar com a criminilização das mulheres que recorrem ao aborto para interromper a gravidez, escreve a Lusa.

«Nesta campanha é necessário insistir, até que a voz nos doa, que o que está em causa é acabar com a pena de prisão a que as mulheres que recorrem ao aborto estão sujeitas», afirmou Carvalhas à agência Lusa, numa sessão pública de esclarecimento a favor do Sim no referendo sobre a interrupção voluntária da gravidez, que o PCP promoveu sexta-feira à noite em Vila Franca de Xira.

"O que se pergunta é se se está de acordo ou não que uma mulher que é levada a fazer um aborto deva ser sujeita a interrogatórios, à devassa da sua vida privada, a um julgamento, e até a uma pena de prisão. Esta é a questão central», sublinhou.

Para o membro do Comité Central do PCP, os partidários do Não procuram «desvirtuar» aquela questão, recorrendo a argumentos como «pôr termo a uma vida» e «gastar dinheiros públicos para o fazer».

Com as sessões de esclarecimento como a de sexta-feira em Vila Franca de Xira, o PCP pretende mobilizar membros do Partido para que sejam eles próprios os porta-vozes do movimento pelo Sim.

«Esta é uma tarefa que envolve todo o Partido, é o nosso combate principal até 11 de Fevereiro», afirmou o ex-secretário geral.

Carvalhas salientou ainda que não basta os cidadãos dizerem que apoiam o Sim, é preciso que vão de facto votar no dia 11.

Para o PCP, o mais correcto seria que a questão da interrupção voluntária da gravidez tivesse sido decidida no parlamento, algo que não aconteceu «por responsabilidade do Partido Socialista».

A mandatária do grupo de cidadãos «Em Movimento pelo Sim», presente na sessão a convite do PCP, Tânia Mateus, defendeu que a lei vigente é «injusta e desadequada e mantém um negócio altamente rentável, o do aborto clandestino».
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