Fábrica de têxteis deixa 174 trabalhadores no desemprego - TVI

Fábrica de têxteis deixa 174 trabalhadores no desemprego

sem dinheiro

Empresa já tinha pedido a insolvência em Dezembro, com uma dívida de 3,2 milhões de euros. Dois meses depois, o passivo chegou aos 5 milhões de euros

Há mais uma fábrica portuguesa que fechou portas. Desta vez, é a Regency, do sector têxtil, que deixa 174 trabalhadores no desemprego, segundo uma fonte sindical, em declarações à Lusa.

Há 20 anos, em Caminha, a fábrica deixou de produzir desde o final do ano passado, já depois de ter sido declarada a insolvência da empresa, por causa de uma dívida de 3,2 milhões de euros.

«Inultrapassável»: é desta forma que o coordenador da União de Sindicatos de Viana do Castelo, Branco Viana, classifica o passivo de cerca de 5 milhões de euros da fábrica de confecção de fatos.

A solução foi «avançar para a liquidação judicial, o que significa a morte daquele que era o maior empregador privado do concelho de Caminha», acrescentou o responsável.

Os problemas financeiros da empresa revelam-se ainda mais complicados, pelos créditos de 2 milhões de euros a que têm direito os funcionários, tendo em conta as indemnizações que devem receber pelos anos de serviço prestado. A empresa, pertencente a uma multinacional de capitais indianos, soma ainda dívidas à banca, avaliadas em 2,9 milhões de euros.

A concorrência de outras empresas portuguesas do mesmo sector, mas também a «grande oferta» do leste da Europa e da Ásia são apontadas como as causas do menor número de encomendas e perda de produtividade. «O que diziam é que o preço de fabrico de cada fato era superior ao preço de venda», referiu outra fonte sindical à mesma agência.

Antes do pedido de insolvência, realizado em Dezembro, a Regency já tinha posto em prática o regime de lay-off parcial, por um período de seis meses. Nessa altura, ficou a laborar apenas três dias por semana e os funcionários viram o seu salário encolher um terço.

Seguem-se agora contactos para encontrar investidores interessados em aproveitar as instalações da Regency. A Câmara de Caminha já notificou a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal.
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