CR, Real até aos 36: a história que ele já escreveu - TVI

CR, Real até aos 36: a história que ele já escreveu

Real Madrid-Osasuna (Lusa)

Clube anunciou renovação com o português até 2021 e o Maisfutebol recorda 10 momentos que dão a medida do que é o Cristiano Ronaldo «merengue»:

Ponto final nas dúvidas sobre o futuro de Cristiano Ronaldo. Nesta segunda-feira será formalizada a renovação, até 2021. Quando terminar o contrato CR terá 36 anos, 12 com a camisola branca. E terá pulverizado todos os recordes, não custa adivinhar.

Já está lá, no topo. É o melhor marcador de sempre de um dos maiores clubes do planeta. São 371 golos nas contas oficiais (372 oficiosos, há um que a Liga não contou), mais do que os jogos com a camisola do Real: 360.

Um fora de série contemporâneo de outro, ambos no mesmo campeonato. O duelo com Lionel Messi é uma constante da carreira de Cristiano em Espanha, paralela ao duelo do Real Madrid com o super Barcelona que Pep Guardiola criou. Mesmo assim, se em termos de títulos domésticos o registo de Ronaldo e do Real neste período é pobre (em sete épocas CR só foi campeão de Espanha uma vez), os seus números individuais são brutais.

São eles os responsáveis pelo estatuto que Cristiano alcançou, e também pelo reverso da medalha, a imensa cobrança à sua volta quando não está à altura das expectativas que ele próprio criou. Como na presente temporada, em que tem «apenas» sete golos marcados em 12 jogos pelo Real. 

Para assinalar a renovação de CR, o Maisfutebol recorda 10 momentos que dão a medida do que é o Cristiano Ronaldo «merengue»:

2009, 80 mil na apresentação

6 de julho de 2009. Cristiano chegava a Madrid com o título de jogador mais caro de sempre na lapela, 94 milhões para tirar do Manchester United aquele que era também o melhor do mundo em exercício, consagrado em 2008 pela Bola de Ouro e pelo troféu da FIFA. A cerimónia de apresentação no Bernabéu foi impressionante, um daqueles momentos que, sozinho, dá a dimensão do clube, do jogador e da sua capacidade de mediatização: 80 mil no estádio, um evento planetário.

Recorde a reportagem do Maisfutebol nesse dia

Estreia com golo, ainda CR9

Ainda era CR9 por essa altura, o 7 era de Raul. O primeiro jogo oficial de Cristiano com a camisola do Real Madrid foi uma vitória frente ao D. Corunha (3-2) e assinalou-a com um golo de penálti. Marcaria nas primeiras quatro rondas, mas uma lesão em outubro, que o manteve fora de campo durante quase dois meses, comprometeu os números finais dessa primeira época merengue, que terminou sem títulos conquistados, a menos prolífica da sua carreira, desde que deixou o Sporting: 33 golos em 35 jogos pelo clube.

Os Clasicos e a Taça do Rei

Em 2010/11 chegou José Mourinho ao banco «merengue». Uma época que fica marcada por uma série de duelos com o Barcelona: da goleada recorde sofrida no Camp Nou em novembro à conquista da Taça do Rei precisamente frente à equipa de Pep Guardiola. Foi um golo de Cristiano Ronaldo no prolongamento que decidiu o jogo e deu a CR (e a Mourinho) o seu primeiro troféu no Real Madrid. Ao longo das sete temporadas que já leva de Real, Cristiano marcou 16 vezes ao Barça.

La Liga, a conquista solitária

46 golos na Liga, 60 no total, a melhor época de Cristiano terminou com a conquista do título espanhol, o primeiro que ganhou com a camisola do Real Madrid, o primeiro do clube em quatro anos. Uma época ao ritmo de golos para todos os gostos, incluindo cinco «hat-tricks»

2013, a segunda Bola de Ouro

Depois de muita especulação sobre o seu futuro, Ronaldo começou a época 2013/14 a renovar com o Real até 2018. Uma meia época em que marcou 32 golos em 20 jogos, tanto pelo Real como com a camisola de Portugal, e que culminou na exibição de luxo no play-off para o Mundial frente à Suécia valeram-lhe a segunda Bola de Ouro.

A Décima em Lisboa

E no final dessa temporada chegou a conquista mais desejada por cada alma merengue: La Décima. Lisboa e o Estádio da Luz foram o palco da final da Liga dos Campeões entre Real Madrid e At. Madrid, uma decisão inteiramente espanhola que sorriu aos brancos no prolongamento. Um golo de Sérgio Ramos nos descontos matou a ilusão da equipa de Diego Simeone, no tempo extra o Real consumou uma goleada, selada com um penálti batido por Cristiano.

A terceira Bola de Ouro

A conquista da Liga dos Campeões, mais uma Taça do Rei, valeu a Cristiano Ronaldo a terceira Bola de Ouro da sua carreira. Isso depois de um Mundial apagado com Portugal e de mais um grande arranque na temporada 2014/15, que começou logo com um bis ao Sevilha na Supertaça Europeia. Mais um póquer ao Elche e dois «hat-tricks», um ao Deportivo outro ao Celta Vigo, atingiu nessa primeira metade de época os 200 golos pelo Real em apenas 178 jogos.

Quatro Botas de Ouro, ninguém como ele 

E no fim da época bateu o seu próprio recorde de golos numa temporada para o campeonato: 48, que lhe valeram a quarta Bota de Ouro da carreira. A primeira ganha ainda no Manchester United, as outras três em Madrid, nenhum outro jogador venceu tantas vezes o troféu para o melhor goleador das Ligas europeias.

500 golos e o recorde de Raul por terra

É em outubro de 2015 que se torna o maior marcador de sempre do Real Madrid. Com um bis ao Malmoe atingiu os 500 golos na carreira e de caminho igualou o registo de Raul Gonzalez, depois superou-o: 324 golos.

 

A Undécima e o Euro, campeão de Milão a Paris

Depois, a Undécima. Para selar um registo incrível: Cristiano ganhou mais Ligas dos Campeões com o Real Madrid do que campeonatos. Até hoje tem apenas uma Liga ganha, a de 2011/12. Mas em maio festejou a sua segunda Champions de branco, a terceira da sua carreira. Nova final frente ao At. Madrid, esta decidida nos penáltis. Ronaldo marcou o último e festejou a conquista em Milão, mês e meio antes de celebrar em Paris, com Portugal, a vitória no Campeonato da Europa.

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