FOTOS E VÍDEO: fomos para o mar da Nazaré e metemos água - TVI

FOTOS E VÍDEO: fomos para o mar da Nazaré e metemos água

Ondas da Nazaré

As emoções de descer ondas de cinco metros sem sair disparado da mota

Sempre ouvi falar das ondas gigantes da Nazaré. Os vídeos que via e as histórias que me contavam eram realmente impressionantes. Mas lá está, eram vídeos e histórias, nunca tinha ido ao local certificar-me se realmente era assim tão assustador como diziam.

Talvez por isso, quando recebi uma chamada que começou com: «Qual é a tua relação com o mar?» (algo que não fez sentido de imediato na minha cabeça já que estamos no meio de novembro), seguido de «Queres ir andar de mota de água no meio das ondas da Nazaré?» não tenha pensado duas vezes.

Aceitei e comecei a partilhar com conhecidos o que ia fazer, as reações mais ou menos expressivas iam todas dar a um: “«u és maluco.»

Não liguei, pensei que estavam a exagerar e segui com o Tiago Donato, repórter de imagem da TVI, para a Nazaré.

Eram 9:30, chegámos meia hora antes do combinado, e fomos diretos ao Porto da Nazaré. Não houve oportunidade para perceber como estava o mar.

Às 10:00 chegaram os nossos anfitriões, o Francisco, com quem tinha combinado tudo, o Derek, americano, piloto de motas de água certificado e responsável por captar algumas das melhores fotos que por aí vemos, o Rodrigo Koxa, recordista da maior onda alguma vez surfada, e o Nicolau, ou Nic Von Rupp como todos o conhecem.

 

Estava a aproximar-se a hora de ir à água e eu continuava calmo, sem ainda perceber bem o que aí vinha. Mais ainda quando todos me diziam: «Não! Não te preocupes porque pouco te vais molhar, isto é calminho».

Depois de acompanhar a preparação para aquele que era mais um dia de treino para eles e de falar um pouco com o Nic, lá me indicaram em que mota de água eu me ia fazer ao mar.

E mal a começámos a acelerar, percebi no que estava metido.

Caro leitor, para que não se engane, neste meu até agora curto percurso de vida, já percorri trilhos dos quais faziam parte precipícios a mais de 3500 metros de altura no Perú e já estive dentro da cratera de um vulcão na Guatemala.

Esta experiência, deixe-me dizer-lhe desde já, conseguiu rivalizar com essas.

O facto de enfrentar a alta velocidade ondas entre três e cinco metros pode parecer engraçado, e até é... Tirando a parte do impacto, o facto de ter de descer as ondas ao mesmo tempo que tentava não sair disparado da mota de água e aquela triste evidência de me doerem músculos que não sabia que tinha.

Mesmo depois disto, repetia.

A meio da viagem, e com o Derek a fazer um malabarismo entre conduzir e tirar a foto perfeita, caímos à água.

Com que então não me ia molhar? Certo...

A experiência deu para tudo: deu para temer pela vida umas 20 vezes no mínimo, deu para rir, para ficar verdadeiramente impressionado com a força da natureza e deu, finalmente, para perceber que todos os vídeos e histórias que tinha visto e ouvido precisam mesmo de ser comprovados no local. É impressionante.

Para a história (a minha história, claro...) ficam os vídeos, os sustos de que não me vou esquecer tão cedo e as fotos para a posteridade.

Continue a ler esta notícia