Grécia: UE estuda novo resgate de 70 mil milhões? - TVI

Grécia: UE estuda novo resgate de 70 mil milhões?

Confrontos em Atenas [EPA]

Valor do empréstimo é avançado pela France Press

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A União Europeia estará a preparar um novo empréstimo à Grécia que pode chegar aos 70 mil milhões de euros, assim como estará a oferecer incentivos aos credores para alargar a maturidade da dívida grega que possuem. Entretanto, está iminente o acordo para a nova tranche, ainda no âmbito da ajuda acordada em 2010.

O novo empréstimo poderá situar-se entre 60 e 70 mil milhões de euros, tendo em conta os montantes que o país precisaria de ir buscar aos mercados para cumprir suas obrigações, segundo a agência de notícias France Presse.

Já de acordo com a agência de informação financeira Bloomberg, que cita duas fontes anónimas com conhecimento das negociações, estarão ainda a ser dados incentivos aos credores (sendo dos primeiros a verem ressarcido o seu investimento) para alargar a maturidade da dívida que detêm.

Um cupão mais elevado (ou seja, o pagamento de juros mais altos do que o estabelecido aquando da compra das obrigações), ou mais colaterais (activos que servem como garantia no caso de incumprimento) como incentivo para comprar títulos em substituição dos que gregos que expiram entre 2012 e 2014 são alguns dos incentivos que estarão a ser negociados.

O processo está a ser preparado de modo a não desencadear um novo corte de rating da Grécia pelas agências de notação financeira, nota a Lusa.

Os líderes europeus tentam assim prevenir uma eventual bancarrota no país. No ano passado, UE e FMI aprovaram um empréstimo de 110 mil milhões de euros ao país, mas não impediram a fuga de investidores preocupados com a alta dívida pública do país.

«Estamos também a analisar uma eventual renegociação voluntária de modo que não seja criado um evento de crédito», disse na terça-feira, numa entrevista citada pela Lusa, o Comissário Europeu dos Assuntos Económicos e Monetários, Olli Rehn.

Um evento de crédito é um acontecimento, como reestruturação ou incumprimento da dívida, que leva ao pagamento dos Credit Default Swaps (CDS), ou seja, dos seguros contra o incumprimento da dívida. Caso se venha a concretizar, este evento de crédito poderá levar a uma revisão em baixa da notação da dívida soberana do país.
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