Espanha não aguenta mais de três meses - TVI

Espanha não aguenta mais de três meses

Juros atingem máximos desde a entrada do país no euro. Situação não é sustentável

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Com os juros a atingirem máximos desde a entrada de Espanha no euro, o país pode «continuar assim, mas apenas por um curto período de tempo». Segundo um analista do DZ Bank, Madrid «não aguentará mais do que dois ou três meses, enquanto vai emitindo dívida de curto prazo e os custos de financiamento, em média, ficam em linha com níveis anteriores».

Para Michael Leister, do DZ Bank, «tendo em conta o que está em jogo e a pressão da troika, a decisão [de resgatar o país] pode ser mais rápida do que aconteceu na Grécia, Irlanda ou Portugal, que adiaram até ao limite» o recurso à ajuda externa.

Espanha volta ao mercado primário, com nova emissão de dívida, na próxima quinta-feira, mas os investidores podem exigir juros mais altos ainda dos que foram alcançados hoje, e que bateram o recorde desde a entrada de Madrid no euro.

Na cimeira do G20, os líderes europeus acordaram hoje em caminhar para uma maior integração do sistema bancário. «Os mercados sabem que uma solução completa é altamente improvável neste momento, mas estarão sensíveis a sinais de que há um forte comprometimento por parte dos líderes europeus», disse à Reuters Richard Bell, da Rogge Global Partners, que gere 51 mil milhões de dólares de ativos.

«O recente resgate à banca espanhola foi uma tentativa de ultrapassar a curva no caminho, mas os investidores estão muito cuidadosos. Os progressos em direção a uma união orçamental são prováveis de permanecer desesperadamente lentos e há um claro risco de desapontar os mercados».

O site espanhol de informação «El Economista» avançou esta manhã que Espanha estará a negociar com a Europa uma linha de crédito de emergência. Um plano «B» para tentar salvar Madrid.
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