Portugal empatou 1-1 com a África do Sul e está fora do Mundial de sub-20.
A equipa orientada por Hélio, que chegou à Polónia como campeã europeia de sub-19, somou quatro pontos, mas devido à diferença de golos, é o segundo pior terceiro classificado e é eliminado da competição.
Rafael Leão deu vantagem a Portugal na primeira parte, mas Monyane empatou no segundo tempo, de penálti e fez o resultado final, num jogo em que Jota ainda falhou um penálti.
A melhor cara de Portugal ainda deu esperança
A equipa de Hélio entrou em campo a saber que apenas uma vitória impedia ter de fazer muitas contas para chegar aos oitavos de final.
A seleção sul-africana, por seu turno, parecia mais preocupada em defender com todos os homens atrás da linha da bola, ainda que até tenha assustado João Virgínia logo a abrir.
Após uma bola bombeada para a área, Kodisang rematou ao poste. O jogador de 19 anos, que na última época jogou no Campeonato de Portugal com a camisola da Sanjoanense, foi sempre o mais perigoso nos Bafana-Bafana.
África do Sul-Portugal, 1-1: ficha de jogo
Mas, tirando esse susto inicial, a seleção lusa jogou melhor do que nas partidas anteriores. A entrada de Nuno Santos para o meio-campo – rendeu Miguel Luís – deu outra dinâmica ofensiva à equipa, e os primeiros 45 minutos foram quase sempre jogados com a bola no meio-campo ofensivo de Portugal.
E se a entrada do médio do Benfica B melhorou o futebol português, foi na outra alteração à equipa inicial de Hélio, Thierry Correia, que nasceu o primeio golo do jogo.
Após combinação com Trincão na direita, o lateral do Sporting cruzou para Rafael Leão, que trabalhou bem e colocou Portugal na frente.
Só que a vantagem não fez particularmente bem à equipa. A velocidade de troca de bola diminuiu bastante, apesar do domínio da posse, e as oportunidades de golo foram diminuindo.
Há VAR e VAR… e agora há que voltar
E se já foi assim no final da primeira parte, a entrada no segundo tempo foi penosa de ver. Os jogadores portugueses pareceram desligados, apáticos até, e não demorou muito até chegar o empate da África do Sul.
Na sequência de um canto, Diogo Leite teve uma abordagem deficiente ao lance e acabou por cortar a bola com a mão. Com recurso ao VAR, o árbitro assinalou penálti e Monyane não desperdiçou.
Pouco depois, o VAR voltou a chamar a atenção do árbitro principal, desta feita para rever um lance na área sul-africana em que um defesa africano cortou a bola com o braço.
Se Monyane mostrou tranquilidade, o mesmo não se pode dizer de Jota. O avançado português rematou colocado, mas Kubheka, guarda-redes sul-africano, esticou-se bem e travou as intenções de Portugal.
E ainda que faltasse meia-hora para o final do jogo, a equipa de Hélio enervou-se com o desperdício e a falta de discernimento para procurar a melhor forma de encontrar o golo necessário foi evidente.
Diogo Queirós ainda cabeceou à trave, as oportunidades sucederam-se, mas sempre como reflexo de algum desespero e não com um futebol trabalhado.
Quando o árbitro apitou para o final da partida, os jogadores portugueses caíram no relvado, muitos deles lavados em lágrimas.
O sonho de uma geração de qualidade inegável caía por terra na Polónia, demasiado cedo para aquilo que todos imaginavam.
[artigo atualizado]