Moreirense: advogado diz que presença na Liga não está em causa - TVI

Moreirense: advogado diz que presença na Liga não está em causa

Ricardo Sá Fernandes argumenta que equipa que compete no campeonato da primeira divisão pertence à SAD e que o clube é que foi condenado

Ricardo Sá Fernandes, advogado do Moreirense no caso de corrupção que implica o clube, garantiu esta sexta-feira ter o entendimento que a condenação de um ano de proibição de competir não afeta a equipa que disputa a Liga.

Recorde-se que o Tribunal da Feira condenou o Moreirense a um ano sem competir no futebol, por alegadamente ter corrompido seis jogadores da Naval num jogo em 2011 que acabou por vencer, na corrida pela subida à primeira divisão.

«Esta matéria não transitou em julgado, mas mesmo que tivesse transitado, esta decisão não afetava a participação do Moreirense na Liga, porque quem participa na Liga é a SAD do Moreirense e estes factos têm a ver com o Moreirense clube», referiu em declarações à TVI24.

«Quem é arguido é o Moreirense clube e não a Moreirense SAD. Esperamos que o Moreirense seja absolvido, mas para além disso é muito claro para nós que o contrário não afetaria nunca a participação do Moreirense na Liga, porque são duas entidades jurídicas diferentes. A SAD não pode ser punida por um processo no qual não foi ouvida.»

O advogado garantiu, de resto, que o Moreirense vai recorrer da decisão do tribunal.

«A matéria do recurso é muito fácil de identificar: o Moreirense não tem nada a ver com esta matéria, não foi feita prova e esperamos que no Tribunal da Relação seja feita justiça.»

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Esse é de resto um dos dois pontos fulcrais da argumentação de Ricardo Sá Fernandes: primeiro a SAD não pode ser punida por uma pena aplicada ao clube e, segundo, o Moreirense não tem nada a ver com os alegados atos de corrupção.

«O Moreirense lamenta profundamente aquilo que pode ter acontecido no ano de 2011 num jogo que envolveu a sua equipa de futebol. O Moreirense é completamente alheio a qualquer ato de corrupção que eventualmente pode ter acontecido e não tem nada a ver com o que sucedeu em 2011, mesmo não sabendo exatamente o que pode ter acontecido», acrescentou.

«Este julgamento teve várias sessões e não houve a mais pequena prova, direta ou indireta, que o Moreirense tenha o que quer que seja a ver com esses atos. O tribunal entendeu o contrário, por uma prova indireta: porque um dos alegados envolvidos é filho do presidente, o que significaria que o clube e o presidente sabiam do que se passava. O que não é verdade.»

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