Assim anunciou Juan Román Riquelme que termina a carreira. O adeus ao futebol do génio argentino é o adeus ao futebol pelo Boca Juniors. São os «bosteros» quem mais sente este adeus. Riquelme já não voltará a entrar no relvado da Bombonera para jogar com a camisola azul e ouro do Boca.
Mas isso não quer dizer que não volte mais uma vez ao clube «xeneize». O clube que representou em dois momentos da carreira, o clube de que é adepto ferrenho, adepto desde sempre. Fugir da Bombonera será impossível. «É o pátio da minha casa», disse.
Cumprido o objetivo de levar o seu primeiro emblema para a I Divisão argentina, Riquelme já não pôde ficar no Argentinos Juniors. «Deixou de jogar por alguma razão: não queria jogar contra o Boca e ao Boca não podia voltar.» O seu pai, Cacho Riquelme deu esta explicação ao jornal «Olé». O Boca é o clube de sempre de Riquelme.
#Riquelme, uno de los más grandes ídolos de la historia de Boca, ganador de todo con la azul y oro, anunció su retiro pic.twitter.com/V88To5BEA1
— Boca Jrs. Oficial (@BocaJrsOficial) 26 janeiro 2015
Um dia depois do ponto final de Riquelme, Trezeguet também oficializou ao «L’Equipe» o seu já anunciado abandono. O antigo internacional francês que brilhou na Juventus fez a confirmação com o anúncio de que pretende voltar ao clube italiano para ser seu representante no estrangeiro.
Aqui entra a explicação desta boleia. Se a Juve aposta no reformado Trezeguet para seu embaixador, ao reformado Riquelme só pode estar destinada a cadeira de presidente do Boca Juniors, o clube de cujos «hinchas» foi o maior ídolo dos últimos 20 anos.
O «último nº10» garante que não será treinador: «Não, nunca poderia sê-lo. Não entendo os jogadores de agora, houve muitas coisas a mudar.» Ao diário argentino assumiu que ser presidente do seu clube é algo que já lhe passou pela cabeça: «Quem sabe, quem sabe... Pode ser que um dia acorde com vontade de ser presidente do clube.»
O seu pai também vê esse destino de presidente como natural. «Nunca falámos sobre isso, mas penso que sim, que pode sê-lo tranquilamente porque as pessoas acreditam no que diz, porque diz o que pensa. Não mente e os adeptos querem isso», disse Cacho Riquelme. «Mas, presidente, do Boca e não de outro clube», frisou o pai contando que o seu filho, «cada vez que toma uma decisão é muito pensada, muito analisada».
O Juan Román Riquelme que marcou o futebol na Argentina e também em Espanha é o tal Maradona sem um sorriso, cujo elogio o Luís Mateus faz também nesta edição. O próximo Riquelme será outro. E mesmo sem defraudar os «hinchas» que esperam pelo seu eventual futuro líder diretivo, é ainda pelo daqueloutro que se lamenta.
Os companheiros de equipa, como Ronaldinho ou Juan Pablo Sorin.
Mais um grande jogador que está deixando os gramados! Juan Roman Riquelme, foi um prazer jogar contigo parceiro! pic.twitter.com/GrWN0u2Gxg
— Ronaldinho Gaúcho (@10Ronaldinho) 26 janeiro 2015
#GraciasRoman se extrañarán tus pases únicos/caños antología/goles d salón Placer compartir tanto @Argentina @FCBarcelona @VillarrealCF abz
— Juan Pablo Sorin (@jpsorin6) 26 janeiro 2015
De admiradores, como o compatriota benfiquista Toto Salvio.
Se retira el mejor de todos,mi ídolo de toda la vida Juan Román Riquelme. Gracias por tanto fútbol Román,no tenes comparación. #GraciasRoman
— Eduardo Toto Salvio (@totosalvio8) 26 janeiro 2015
Assim, não se podia chegar ao fim sem mais uma seleção de homenagem ao génio do argentino.