Voltar ao Boca está pensado: venha a cadeira de presidente - TVI

Voltar ao Boca está pensado: venha a cadeira de presidente

O «último nº10» anunciou que deixa de jogar e quem lamenta mais a sua perda são os «bosteros». Mas são também eles que têm Riquelme para sempre e o próximo papel na Bombonera está para chegar



Assim anunciou Juan Román Riquelme que termina a carreira. O adeus ao futebol do génio argentino é o adeus ao futebol pelo Boca Juniors. São os «bosteros» quem mais sente este adeus. Riquelme já não voltará a entrar no relvado da Bombonera para jogar com a camisola azul e ouro do Boca.



Mas isso não quer dizer que não volte mais uma vez ao clube «xeneize». O clube que representou em dois momentos da carreira, o clube de que é adepto ferrenho, adepto desde sempre. Fugir da Bombonera será impossível. «É o pátio da minha casa», disse.

Cumprido o objetivo de levar o seu primeiro emblema para a I Divisão argentina, Riquelme já não pôde ficar no Argentinos Juniors. «Deixou de jogar por alguma razão: não queria jogar contra o Boca e ao Boca não podia voltar.» O seu pai, Cacho Riquelme deu esta explicação ao jornal «Olé». O Boca é o clube de sempre de Riquelme.
 


Um dia depois do ponto final de Riquelme, Trezeguet também oficializou ao «L’Equipe» o seu já anunciado abandono. O antigo internacional francês que brilhou na Juventus fez a confirmação com o anúncio de que pretende voltar ao clube italiano para ser seu representante no estrangeiro.

Aqui entra a explicação desta boleia. Se a Juve aposta no reformado Trezeguet para seu embaixador, ao reformado Riquelme só pode estar destinada a cadeira de presidente do Boca Juniors, o clube de cujos «hinchas» foi o maior ídolo dos últimos 20 anos.



O «último nº10» garante que não será treinador: «Não, nunca poderia sê-lo. Não entendo os jogadores de agora, houve muitas coisas a mudar.» Ao diário argentino assumiu que ser presidente do seu clube é algo que já lhe passou pela cabeça: «Quem sabe, quem sabe... Pode ser que um dia acorde com vontade de ser presidente do clube.»

O seu pai também vê esse destino de presidente como natural. «Nunca falámos sobre isso, mas penso que sim, que pode sê-lo tranquilamente porque as pessoas acreditam no que diz, porque diz o que pensa. Não mente e os adeptos querem isso», disse Cacho Riquelme. «Mas, presidente, do Boca e não de outro clube», frisou o pai contando que o seu filho, «cada vez que toma uma decisão é muito pensada, muito analisada».

O Juan Román Riquelme que marcou o futebol na Argentina e também em Espanha é o tal Maradona sem um sorriso, cujo elogio o Luís Mateus faz também nesta edição. O próximo Riquelme será outro. E mesmo sem defraudar os «hinchas» que esperam pelo seu eventual futuro líder diretivo, é ainda pelo daqueloutro que se lamenta.

Os companheiros de equipa, como Ronaldinho ou Juan Pablo Sorin.
 


 


De admiradores, como o compatriota benfiquista Toto Salvio.
 


Assim, não se podia chegar ao fim sem mais uma seleção de homenagem ao génio do argentino.



E deve-se terminar com as palavras do próprio Riquelme: «Sou bostero e vou morrer bostero como todos vocês.»
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