Rock in Rio: a «copa do mundo da música» - TVI

Rock in Rio: a «copa do mundo da música»

Rock in Rio 2013 (Reuters)

Este é o desejo do fundador do festival, Roberto Medina

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A organização do Rock in Rio quer fazer do festival «uma copa do mundo da música», a partir da experiência dos dez anos do evento em Lisboa, afirmou hoje o fundador, Roberto Medina, no Parque da Bela Vista.

A poucos dias do começo da sexta edição do festival brasileiro em Lisboa, Roberto Medina fez um balanço da presença em Portugal, sublinhando que todo o trabalho de organização serviu de «matriz» «para um evento global extraordinário», exportável para Espanha e para os Estados Unidos, que acolherá pela primeira vez o evento em 2015, e possivelmente para o Médio Oriente.

Em declarações à agência Lusa, a filha do fundador e vice-presidente do festival, Roberta Medina, afirmou que, nestes dez anos, o Rock in Rio terá, no total, um impacto económico de 350 milhões de euros em Lisboa.

Roberta Medina remete-se a dados de um estudo de 2008, efetuado pela Universidade Católica, que dava conta de um impacto anual do evento em redor dos 60 milhões de euros.

A sexta edição do Rock in Rio Lisboa, no Parque da Bela Vista, tem início no domingo, dia 25, com Robbie Williamms como cabeça-de-cartaz, e prolongar-se-á pelos dias 29, 30 e 31 de maio e 01 de junho.

A organização espera ter, nos cinco dias do festival, cerca de 350 mil espetadores (a capacidade máxima do recinto é de 90.000 pessoas) e pretende superar, no total das seis edições portugueses, a fasquia dos dois milhões de espetadores.

Roberta Medina recordou ainda que as últimas edições do Rock in Rio Lisboa aconteceram num momento de crise económica em Portugal, mas «não houve um alteração em termos de público».

«A edição de 2010 teve uma redução de público, mas a de 2012 foi a que teve mais público, com 364 mil espetadores. Esta será a terceira edição em crise», afirmou Roberta Medina, justificando que, perante isso, a organização tem de ser «mais criativa» para cativar tanto os parceiros e patrocinadores como os espetadores, e «oferecer uma experiência inesquecível».

Este ano, além do cantor britânico Robbie Williams, o festival contará, por exemplo, com a histórica banda rock The Rolling Stones, a 29 de maio (um dia que já está esgotado), Queens of the Stone Age (dia 30), Arcade Fire (dia 31) e Justin Timberlake, pela primeira vez em Portugal, a 01 de junho.

Organização doou quase três milhões de euros em projetos sociais

A organização do festival Rock in Rio doou mais de 2,8 milhões de euros, em dez anos de presença em Portugal, a projetos sociais de diversas entidades, segundo dados divulgados à agência Lusa.

O festival, que nasceu no Brasil em 1985 pela mão do empresário Roberto Medina, aconteceu pela primeira vez em Portugal em 2004, aliando a música e o entretenimento a uma vertende social - o lema era «Por um mundo melhor» -, envolvendo também a comunidade local.

Para as edições de 2016 e 2018, a organização compromete-se, segundo um protocolo com a autarquia, a fazer um investimento de requalificação do Parque da Bela Vista, onde decorre o festival, para que possa ser usufruido o ano inteiro em segurança, afirmou à Lusa a vice-presidente do Rock in Rio, Roberta Medina.

Do total de 2,878 milhões de euros até agora doados, 663.788 euros foram em 2004 para entidades como o Instituto de Apoio à Criança, a Ajuda de Mãe, a Liga de Amigos do Hospital Maria Pia e a Fundação O Século.

Contactada pela Lusa, fonte da Fundação O Século explicou que recebeu cerca de 85.000 euros, utilizados para «melhoramentos» na enfermaria, no Centro de Actividades de Tempos Livres e no lar de acolhimento de crianças em situação de risco - «Casa das Conchas» -, onde vivem 25 crianças.

Além do dinheiro, a organização do festival «ofereceu bilhetes às crianças e jovens que vivem nos dois Lares de Acolhimento da Fundação [a Casa das Conchas e a Casa do Mar], que acolhem, atualmente, 40 crianças».
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