Rio foi ao Alentejo dizer que, se cair, cai de pé. "Não dobro" - TVI

Rio foi ao Alentejo dizer que, se cair, cai de pé. "Não dobro"

Rui Rio passou esta quarta-feira entre os distritos de Beja e Évora, em passo rápido e com um curto passeio de barco pela Barragem do Alqueva. Pelo meio, acusou Centeno de ter um “um desconhecimento absoluto ou uma falta de jeito para estas andanças” e garantiu que, se cair, cai "de pé"

No Alentejo, sê alentejano. E Rui Rio tentou fazer jus ao vagar alentejano, ao percorrer o distrito de Évora. Depois de uma manhã dedicada ao sector do vinho em Beja, o líder do PSD passou a tarde num passeio de barco pela Barragem do Alqueva, em Évora.

Acompanhado pela cabeça de lista do distrito de Évora, por empresários da agricultura e pecuária e 15 jornalistas, Rui Rio partiu do Cais do Mourão numa embarcação que garantiu ser mais fácil de conduzir do que o país.

"O país é mais difícil de conduzir, isso não tenha dúvida nenhuma", garantiu em conversa com o homem do leme, Filipe Ferro, que foi explicando a Rui Rio as particularidades do local inserido no rio Guadiana e criado para ajudar no fornecimento de água ao Alentejo, enquanto se aventurava a conduzir o "Porto de Rei" pelas águas do Alqueva.

Passando o leme a quem de direito, o líder do PSD aproveitou para conversar com os convidados daquela viagem de barco, com quem falou sobre as preocupações para o futuro no que à agricultura diz respeito. 

"A agricultura é uma vastidão enorme de atividades, nem o Alqueva nem dez alquevas conseguiriam abranger a área agrícola onde é possível ter agricultura", afirmou António Marques dos Santos.

E, obviamente, o tema da carne de vaca abolida nas cantinas da Universidade Coimbra veio à tona.

"Estamos aqui a defender as nossa vaquinhas", afirmou Maria Salgueiro, em nome dos produtores de gado, recusando as acusações de que a produção bovina é uma atividade muito poluidora para o ambiente.

Os recados a Centeno

Passeio feito, hora de arruada em Évora. À chegada, o líder do PSD foi confrontado com as declarações de Mário Centeno, que disse que as contas de Rui Rio não batem certas.

“É preciso ter muito descaramento ou desconhecer em absoluto o que é a minha obra na política, não só quando fui autarca, mas também quando fui deputado", afirmou.

Para Rui Rio, as afirmações do ministro das Finanças demonstram “um desconhecimento absoluto ou uma falta de jeito para estas andanças”.

“O Dr. Mário Centeno chegou à política há muito pouco tempo, eu já cá ando há muito tempo. Pelos vistos o dr. Mário Centeno não conhece a política portuguesa nem os seus principais protagonistas”, criticou.

Numa arruada em passo menos acelerado do que em Beja, Rui Rio passeou-se do Templo de Diana até à praça de Giraldo, distribuindo lápis e falando com comerciantes e populares, sem nunca se demorar muito tempo.

À chegada à praça de Giraldo, o líder laranja tinha à sua espera a tuna académica da Universidade de Évora que acabou a atuação com Rui Rio de capa traçada e abraçado pelos membros da tuna.

A arruada, que se previa curta, acabou por demorar perto de uma hora, com Rio a terminar a iniciativa com um "cafézinho" com os membros da distrital sem a presença dos jornalistas e restantes apoiantes que seguiram para o jantar volante onde o grupo "Era uma vez o cante" recebeu o candidato.

"Mas não me peçam para cantar", atirou, ao agradecer no final.

"Caio, mas caio de pé, não dobro"

Foi já no final do jantar que o presidente do PSD se mostrou esperançoso num "resultado muito honroso” no dia 6 de outubro, até porque continua convicto de que é preciso “colocar as convicções à frente dos votos”.

“Temos de pôr as nossas convicções à frente dos votos e não sermos eleitoralistas indo apenas ao sítio onde há votos”, afirmou perante aqueles que quiseram jantar na sua companhia.

Para Rui Rio, é importante canalizar investimentos em especial para o interior e garante que tudo fará por “um Portugal mais justo, mais equilibrado e mais inteligente”.

“Eu acho que tenho atrás de mim, para o bem e para o mal, uma vida pública que responde por isto: ou seja, quando tem de ser e eu acredito, eu faço mesmo, porque eu posso cair, mas quando caio, caio de pé, não dobro, em nome das convicções”, afirmou.

Já sobre as sondagens, que hoje dão conta que o PSD voltou a perder terreno para o PS, o candidato social democrata diz que acredita que dia 6 terá "um resultado muito honroso".

“Não sei quanto subimos, mas sei que estamos efetivamente a subir, sei que estamos efetivamente a convencer as pessoas, e sei que vamos ter um resultado muito honroso. E o mais honroso que gostaríamos de ter em 06 de outubro era a vitória para alterar o rumo da governação”, apelou.

A campanha do PSD prossegue esta quinta-feira nos distritos de Santarém e Leiria.

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