Tropas russas começaram retirada do Cazaquistão - TVI

Tropas russas começaram retirada do Cazaquistão

  • Agência Lusa
  • RL
  • 13 jan 2022, 07:27

Mais de 2.000 soldados foram destacados três dias após o início dos protestos no Cazaquistão, que provocaram a morte de pelo menos 164 pessoas, cerca de mil feridos e quase 10.000 detidos

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As forças lideradas pela Rússia começaram esta quinta-feira a retirada do Cazaquistão, para onde tinham sido enviadas em apoio ao governo face a tumultos sem precedentes, disse o Ministério da Defesa russo.

"As unidades da Organização do Tratado de Segurança Coletiva (CSTO) de manutenção da paz, tendo concluído as tarefas definidas, começaram a preparar equipamento militar e técnico para carregamento em aviões de aviação russos para regresso à sua base permanente", pode ler-se no comunicado.

O Presidente do Cazaquistão, Kasim-Yomart Tokayev, já confirmara na quarta-feira que a saída gradual dos mais de 2.000 soldados da OTSC destacados em território cazaque estava prevista para hoje.

A 05 deste mês, Tokayev pediu ajuda à OTSC, três dias após o início dos protestos no Cazaquistão, inicialmente provocados pelo aumento do preço do gás liquefeito, usado no país como alternativa barata à gasolina.

As manifestações, alimentadas por um descontentamento com as elites económicas e políticas do país e com a corrupção, rapidamente se transformaram em tumultos e foram reprimidas pelas forças cazaques numa operação caracterizada como “antiterrorista”. 

Os protestos provocaram a morte de pelo menos 164 pessoas, cerca de mil feridos e quase 10.000 detidos.

Tokayev, que assumiu, na terça-feira, que sem a ajuda da OTSC o Governo poderia ter perdido completamente o controlo sobre Almaty, a capital Nursultan, e de todo o país, alegou hoje que a presença do contingente de paz da aliança no Cazaquistão “desempenhou um papel muito importante na estabilização da situação”.

Tokayev chegou a dar a ordem às forças de segurança para “atirarem a matar” durante os protestos violentos, de forma a conter a agitação civil.

A decisão recebeu críticas dos Estados Unidos, da União Europeia (UE) e de organizações de direitos humanos, mas foi apoiada pela China e pela Organização de Estados Turcófonos, um agrupamento de quatro países da Ásia Central e da Turquia.

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