João Henriques lança Portimonense e faz crítica ao futebol português - TVI

João Henriques lança Portimonense e faz crítica ao futebol português

João Henriques

Treinador do Santa Clara pede mais igualdade

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Com apenas seis pontos em nove jornadas, o Portimonense está a realizar um campeonato aquém das expectativas.

Apesar disso, o treinador do Santa Clara, equipa que defronta os algarvios esta segunda-feira, considera que o conjunto orientado por António Folha vale mais do que têm mostrado os resultados até esta fase da temporada.

«Não tenho dúvidas de que mais para a frente no campeonato [a equipa do Portimonense] irá provar isso mesmo: a sua qualidade individual e coletiva. Tem bom treinador, é bem orientada, é um clube que tem tudo para que as coisas corram melhor do que neste momento está espelhado na tabela classificativa pelos pontos», afirmou João Henriques.

A falta de eficácia do Santa Clara, que soma cinco golos na Liga em 113 remates, também foi objeto de análise. «Na época anterior, por essa altura, a eficácia era elevada: a equipa fazia golos com poucas oportunidades. Agora estamos a passar exatamente o contrário. Mas isso são fases, são ciclos. E estamos confiantes que isso naturalmente vai-se inverter. Vamos passar a ser mais eficazes e os golos vão aparecer naturalmente», desdramatizou, abordando depois o elevado número de jogos nesta fase da época, que considerou, num cenário de equidade, bom para a competição, embora com um reparo.

«Em Portugal, há uma grande disparidade entre os principais clubes e os restantes nas condições que têm para recuperar os jogadores muito rapidamente de um jogo para o outro. É bom para a competição [a sequência de jogos], não há dúvidas. Jogar de três a três, quatro em quatro dias, desde que houvesse uma equidade nas infraestruturas dos clubes, para treinar, recuperar, nos departamentos médicos e orçamentos condignos com essa mesma exigência.»

Para João Henriques, o futebol português tem muito por onde evoluir e só uma liga mais competitiva melhorará os espectáculos.

«Era preciso que os mais poderosos também percebessem que, para o campeonato ser mais competitivo, é preciso haver uma melhor distribuição dos valores. E se houvesse uma melhor distribuição dos valores, haviam mais resultados estranhos e eles [os 'mais poderosos'] ficam meio divididos entre ganhar sempre ou termos um campeonato mais competitivo», rematou.

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