Estado gastou 2,5 milhões com policiamento - TVI

Estado gastou 2,5 milhões com policiamento

Sporting-FC Porto

Escalões juvenis e inferiores representam a maior fatia do bolo

A época ainda não terminou, mas o Estado já gastou quase 2,5 milhões de euros no policiamento, sobretudo em escalões não profissionais.

Numa resposta enviada à Agência Lusa, o Ministério da Administração Interna sublinha que «não é feita a contabilidade financeira do policiamento dos jogos da I Liga de futebol». Por isso, só estão contabilizados os gastos com os escalões dos juniores, juvenis e inferiores, distritais de seniores e Seleção Nacional.

Segundo o Ministério da Administração Interna (MAI), os juvenis e inferiores totalizam a maior fatia do bolo, com 1,4 milhões. O Estado gastou ainda cerca de 639 mil euros nos juniores e cerca de 617 mil euros nos campeonatos distritais de seniores. Para os jogos da Seleção Nacional, foram desembolsados quase 10 mil euros durante a época 2016/17.

Ao todo, o total de comparticipações do Estado baixou em cerca de 45 mil euros, face aos 2,9 milhões de euros registados na época passada.

A legislação constata que o policiamento nos jogos de futebol não profissional não é obrigatório. Cabe aos clubes avaliarem os riscos inerentes a cada encontro e solicitarem a presença das forças de segurança.

O financiamento fica a cargo do emblema que organiza o jogo e do MAI, através de verbas oriundas da Santa Casa da Misericórdia.

Medidas contra a violência no desporto em marcha

Entretanto, o Governo revela que o plano contra a violência no desporto «está em andamento». A 10 de abril houve uma reunião que juntou o Estado e representantes da Federação Portuguesa de Futebol, da Liga de clubes, do Sindicato dos Jogadores e das associações de árbitros e de treinadores.

Em declarações à Agência Lusa, o Secretário de Estado da Juventude e do Desporto (SEDJ) mostra-se satisfeito por ter conseguido juntar à mesma mesa vários contributos para erradicar a violência no desporto. «Ninguém se revê neste fenómeno. Acho que não há melhor maneira de fazer as coisas do que chamar os responsáveis e juntá-los em torno de um denominador comum, que é erradicar o fenómeno da violência», afirmou João Paulo Rebelo acerca de problemas que requerem «um tratamento de fundo e não paliativo».

O SEDJ destaca a disponibilidade do organismo federativo para rever o quadro disciplinar. Bem como a postura da secretária de Estado da Administração Interna, que «pediu contributos aos parceiros de segurança para eventuais alterações no quadro das sanções penais».

O governante mostra-se chocado com os «episódios de violência nas camadas de formação, que são levados a cabo por pais», mas recusa a ideia de uma «generalização da violência», lembrando que «muitas vezes a comunicação social repete muitas notícias à volta dos mesmos temas».

O mês de abril ficou destacado por vários episódios de violência em campos de futebol. Como nota de destaque, a agressão física a um árbitro e o atropelamento mortal de um adepto.

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