Sub-21: os destaques de Portugal diante da República Checa

A figura: Iuri Medeiros
O médio que o Sporting emprestou ao Arouca na reabertura do mercado de inverno tem um pés esquerdo fantástico e marcou a diferença mal pisou o relvado. Entrou meio a frio, devido à lesão de Bruma, e pouco depois fez a baliza de Koubek estremecer com um remate de meia distância. Confirmou o cartão-de-visita apresentado na primeira parte com várias assistências que só não terminaram em golo por manifesta falta de sorte. 

FICHA DO REPÚBLICA CHECA-PORTUGAL

CRÓNICA REPÚBLICA CHECA-PORTUGAL
 
Positivo: a dupla de centrais
Tiago Ilori e Tobias Figueiredo têm uma tarefa árdua pela frente, já que competem por um lugar num setor que tem ainda Paulo Oliveira e Ruben Vezo. A derrota portuguesa não tem qualquer ponto de contato com a exibição dos jogadores com passado na formação do Sporting, apesar dos raros momentos de apagamento que promoveram alguns sustos. Vydra, referência ofensiva dos checos durante a primeira parte, passou em branco pelo jogo, e na etapa completar há apenas um ou dois sobressalto na área lusa. Fortes no jogo aéreo e esclarecidos a construir. 
 
Momento: Bomba açoriana
Rui Jorge lançou Iuri Medeiros a poucos minutos do intervalo e o jovem canhoto mexeu de imediato com o jogo. Dois minutos em campo bastaram para receber a bola na intermediária checa e aplicar um disparo fortíssimo ao travessão da baliza defendida por Koubek. A bola ainda pisou a linha de golo, mas fica a sensação de que não chegou a ultrapassar a linha na sua totalidade, Na recarga Ricardo Horta atirou para fora.
 
Outros destaques:
 
Bruno Fernandes
O médio da Udinese foi, talvez, a principal novidade no onze inicial apresentado por Rui Jorge, tendo em conta que o seu nome não constava da primeira lista de chamadas. Os 80 minutos em campo confirmaram as credenciais que ecoam da Série A, tendo-se destacado, sobretudo, no momento ofensivo onde combinou várias vezes com João Cancelo no flanco esquerdo do ataque português. A sua exibição podia ter sido mais colorida se o remate de meia distância na primeira parte tem levado a direção da baliza.
 
Rony Lopes
O seu nome fica ligado ao jogo pela forma como acerta no travessão uma bola que lhe foi parar aos pés já praticamente na pequena área. Ainda assim, a sua exibição não se resume apenas a esse lance. Fez uso da velocidade para queimar as várias linhas checas no processo ofensivo e mostrou-se muito disponível a dar linhas de passe aos companheiros.
 
Rúben Neves
O médio do FC Porto é uma espécie de âncora da equipa. À sua frente tem jogadores de enorme qualidade técnica, muito mais disponíveis para o momento ofensivo, e, por isso, funciona como guarda-costas dos artistas. Ocupa bem as zonas de pressão e, ainda, contribui de forma eficaz para no processo da saída de bola. Fiável.
 
João Cancelo
Sem problemas do ponto de vista defensivo, o jogador do Valência mostrou-se acutilante nas subidas ao meio campo contrário, não estranhando a posição no lado esquerdo da defensiva portuguesa. Combinou bem com Bruno Fernandes, conseguindo conquistar, em diversas ocasiões, a linha final para o cruzamento letal. O seu melhor momento terá sido um remate forte à barra da baliza de Koubek.