Figura
João Moutinho
Dois livres, incrivelmente parecidos, um logo a abrir e outro a fechar a segunda parte. Não seria preciso mais para tornar Moutinho protagonista óbvio, mesmo que em apenas 45 minutos, ele que até hoje tinha marcado ao todo cinco golos pela seleção em quase 100 internacionalizações. E não bisava num jogo há 10 anos! A última vez foi ainda pelo Sporting, num jogo de Taça de Portugal com o Beira Mar. Mas quando não estava a marcar golos Moutinho também foi igual a si próprio, o pêndulo que estabiliza e simplifica o jogo. Saiu ao intervalo, ele que vem de uma época muito longa com o Mónaco.
Momento
63 minutos, 3-0 para Portugal
Um meio-campo novo ao intervalo e a meia hora do fim também Pizzi para dentro do campo. Mudanças que mudaram o jogo, passe a repetição. Deram-lhe mais dinâmica, mais velocidade, e este golo é a síntese dessa sensação. Começa em Gelson, tem Pizzi a aparecer na área para combinar com André Silva, até aí a parecer perdido nas referências. Aqui o avançado surge na direita a cruzar, para Pizzi fazer o terceiro golo de Portugal com um toque subtil.
Outros destaques
Gelson, mas também Pizzi, André, Adrien
Sangue novo ao intervalo, um pouco mais tarde no caso do benfiquista, em comum o facto de todos terem sabido tirar o melhor do momento: num jogo que estava resolvido, aproveitar o tempo em campo, sem constrangimentos ou pressão. Gelson a espalhar talento e criatividade, Pizzi útil e combativo como sempre, André com a subtileza eficaz, Adrien intenso. Fizeram valer a segunda parte.
Cédric
Uma exibição sólida e competitiva do lateral do Southampton, cada vez mais completo. Eficaz nas recuperações, a subir quando havia oportunidade, num jogo tranquilo para isso, para tirar um cruzamento para a área. Uma opção cada vez mais segura para o lado direito da defesa da seleção.
João Mário
Um dos jogadores que encarou este jogo com muita vontade de mostrar serviço, ainda que apenas em metade da partida. Depois da época de estreia num Inter muito abaixo das expectativas, João Mário tem na seleção uma oportunidade de voltar a mostrar toda a qualidade que o levou a Milão. O mais ativo do meio-campo na primeira parte, o temoo em que esteve em campo, a procurar espaços e tentar criar desequilibrios.
Margaça
Curiosidade natural para ver em campo o jogador português naturalizado cipriota. No meio-campo da equipa visitante, Margaça tentou muito travar o jogo português para iniciar a construção. Não era uma tarefa destinada ao sucesso, tendo em conta o equilíbrio de forças em campo, mas o médio mostrou competitividade. Pouco de resto a destacar desta equipa do Chipre, numa partida em que também não tinha nada de competitivo em jogo e cujo primeiro remate com intenção surgiu aos 86 minutos.