Numa selecção criada há escassos anos, as estrelas rareiam e ofuscam-se à beira das referências portuguesas. A grande figura de Andorra dá pelo nome de Juli Sanchez, melhor marcador ao serviço do seu país: em 20 jogos contabilizou cinco remates certeiros. Mas no meio dos dados estatísticos surge um pormenor importante e praticamente desconhecido. O avançado já jogou no arquipélago da Madeira, defendendo as cores do Camacha, na época 1998/99.
«É um jogador muito criativo e bastante franzino. Na altura só necessitava de ganhar peso, porque qualidades técnicas e inteligência já eram atributos bem vincados. Tanto pode jogar a extremo esquerdo como a segundo ponta-de-lança. Tem uma criatividade invulgar e uma enorme agilidade. É fortíssimo no drible», afirmou, ao Maisfutebol, o professor João Santos, na altura treinador da equipa madeirense, o grande responsável pela sua contratação.
Apesar dos dotes inqualificáveis, Juli Sanchez só esteve em Portugal três meses. Em Dezembro partiu para a sua terra Natal, alegando razões particulares. Actualmente alinha no FC Andorra, na III Divisão espanhola, e o bilhete de identidade fica-se pela juventude dos seus 22 anos. «É mais franzino do que o Dominguez, mas tem mais técnica. Na altura, não marcava muitos golos, a sua missão era fazer assistências. Era muito bom nos cruzamentos», finalizou o actual responsável pela equipa B do Marítimo.