Portugal no livro de honra dos Europeus: os recordes que se bateram

Com a vitória sobre a França, na final deste domingo, Portugal tornou-se a décima seleção a conquistar o Campeonato da Europa, reforçando também o seu quinto lugar no ranking de todos os tempos da competição. Era sexto antes do Europeu, mas as três vitórias e quatro empates valeram não só a ultrapassagem à Holanda como também a colagem à Itália, que está agora a apenas um ponto.

No que diz respeito ao quadro de honra, apesar de contar apenas sete presenças, menos de metade num total de 15 edições, Portugal terminou já cinco vezes entre os quatro primeiros: tantas como França, Itália e Holanda. Só a Alemanha e a URSS/Rússia têm mais. Portugal passa a ser também a seleção com a segunda melhor média de pontos (1,8), registo apenas superado pelo da incontornável Alemanha (1,84).

Portugal mantém também o seu registo perfeito no que diz respeito à ultrapassagem da fase de grupos: nas sete ocasiões em que esteve na fase final, chegou sempre aos jogos de eliminação direta. Só a Alemanha tem também sete fases de grupo superadas, mas em 12 presenças.

Ranking de todos os tempos em fases finais

Lugares de honra nos Europeus

* O jogo de atribuição dos terceiro e quarto lugares só se realizou até 1980.

Os outros registos da seleção portuguesa em Euros

Portugal é a seleção que mais vezes defrontou o campeão em título: aconteceu em quatro ocasiões (1984, 1996, 2000 e 2012). É, também a seleção que mais vezes se cruzou com o futuro campeão (cinco ocasiões, em 1984, 2000, 2004, em dose dupla, e em 2012). Nesta edição, a maior de sempre, a seleção portuguesa tornou-se o primeiro campeão a não vencer quatro dos seus jogos, e passou a ser o campeão com mais prolongamentos disputados (três). Acessoriamente, tornou-se também a equipa com mais empates numa mesma edição do torneio.

Portugal prolongou em Saint-Denis uma sequência sem derrotas em Europeus que já vai em 11 jogos: iniciou-se após a derrota com a Alemanha na primeira jornada da fase de grupos do Euro-2012, estendeu-se por quatro jogos sob o comando de Paulo Bento e prolongou-se por mais sete partidas em 2016, com Fernando Santos. É um registo que fica a três partidas do máximo histórico da competição, conseguido pela Espanha, com 14 jogos entre 2008 e 2016. E Fernando Santos prossegue a segunda melhor sequência de invencibilidade em jogos de provas oficiais na história da seleção: já são 14 jogos consecutivos sem perder, com 10 vitórias e 4 empates.

De passagem, Portugal fixou também o recorde de mais empates consecutivos (quatro, começando pelo 0-0 com a Espanha em 2012, e prosseguindo nos três da fase de grupos desta edição).

Os recordes de Ronaldo, mas não só

Em termos individuais, já se sabe que Cristiano Ronaldo bateu vários recordes nesta edição da prova: tornou-se o jogador com mais partidas em fases finais (21), com mais minutos disputados (1793) e também o primeiro jogador na história da competição a marcar em quatro edições (2004, 2008, 2012 e 2016). Com o golo ao País de Gales, Cristiano Ronaldo alcançou ainda Michel Platini como melhor marcador em fases finais, com nove tentos marcados. E com os minutos em que alinhou diante da França (poucos, infelizmente) juntou-se à galeria de 22 eleitos que alinharam em duas finais de Campeonatos da Europa (dez alemães, oito espanhóis e três soviéticos).

Mas nem só o capitão português bateu recordes individuais nesta edição da prova: Renato Sanches, com o golo à Polónia, tornou-se o mais jovem de sempre a marcar em fases eliminatórias do Europeu, e com a vitória sobre a França, na decisão, passou a ser, também, o mais jovem campeão europeu de sempre, com 18 anos e 328 dias.

No polo oposto, Ricardo Carvalho, com 38 anos e 52 dias, tornou-se o mais velho a vencer um campeonato da Europa, embora não tendo chegado a alinhar na final. Refira-se, ainda, que Rui Patrício se tornou o jogador a disputar mais minutos numa só edição do Campeonatos da Europa (foi totalista, com 720).

Por fim, referência para Éder, que se tornou o 7º suplente a marcar um golo na final pela equipa campeã, depois de Bellone (França, 1984), Bierhoff (2 pela Alemanha, 1996), Wiltord e Trézeguet (França, 2000), Torres e Mata (Espanha, 2012).