São estes os portugueses campeões da Europa! - TVI

São estes os portugueses campeões da Europa!

Portugal campeão Europeu (Reuters)

Um registo dos jogadores, com o selecionador à cabeça

Portugal é campeão da Europa de futebol pela primeira vez. Um título conseguido com sofrimento – como foi a lesão de Cristiano Ronaldo – mas com muita crença de que era possível – como Fernando Santos sempre assumiu; ele que é o primeiro treinador português a ganhar um título internacional coma seleção AA.

Foram estes os heróis que tornaram Portugal Campeão Europeu vencendo o Euro 2016 neste domingo 10 de julho de 2016.

O SELECIONADOR

Fernando Santos

O engenheiro foi primeiro a assumir que a sua seleção ia jogar para o título europeu. E fez questão de mostrar que seria sempre o último a deixar de acreditar, como quando disse que já tinha avisado a família de que só regressaria nesta segunda-feira, depois do segundo empate na fase de grupos. Já quando em março disse que era muito difícil ganhar a Portugal, ele foi o motor de arranque para a crença, deu a tática, pôs a equipa a jogar de acordo com as suas ideias e, no fecho deste ciclo, colocou os seus jogadores a acreditarem tanto como ele.

Fernando Santos foi o timoneiro – com 14 jogos oficiais sem uma derrota (com 10 vitórias e quatro empates) que conduziu este grupo a chegar onde um país queria. Ele sabia que seriam os jogadores os últimos a consegui-lo. Ele soube ser o primeiro a guiá-los para fazerem o que sabem. E, depois, deixou-os festejar, como quando foi o golo e ele foi sozinho em direção ao banco quando todos explodiram para o relvado e estava aberto o caminho para o maior título do futebol português, conseguido pela primeira vez com um português ao leme.

OS JOGADORES

Cristiano Ronaldo

O trabalho de capitão de equipa – pelo que cada vez mais se foi vendo pelo que se pôde observar – foi fundamental nos desempenhos individuais e na união de um grupo que se orgulha de afirmar assim: unidos contra o que for preciso. Como aconteceu nesta final, quando Cristiano Ronaldo foi obrigado a sair e a equipa mostrou que sabe ganhar com e sem ele, porque ele continuava lá, mesmo que no banco. A saída forçada de Ronaldo aos 25 minutos da final retirou-lhe a hipótese de ser totalista no torneio. A vitória deu-lhe o momento de levantar a taça de campeão europeu de seleções, com três golos marcados no torneio, o recorde de nove golos em fases finais igualado e a inédita marca de 21 jogos em fases finais de Europeus. E muita força. Combinando os títulos europeus de clubes e seleções na mesma época

7 jogos

Minutos: 625

Golos: 3

Assistências: 2

2 vezes o melhor em campo

Rui Patrício

É o único totalista da seleção. O guarda-redes português jogou 720 minutos (e uma série de penáltis) na sequência de três jogos da fase de grupos, três eliminatórias e uma final – com três prolongamentos (1/8, 1/4 e final). Foi grandioso no desempate por penáltis com a Polónia; não o foi menos na final defendendo tudo. Quando Gignac conseguiu desviar do seu alcance a bola não acertou na baliza, acertou no poste. Viu um cartão amarelo, quando já esperava o apito final para fazer a festa do título, aquele que estará entre os melhores guarda-redes neste torneio. E ficou como o jogador com mais minutos numa fase final de um Europeu em toda a história da competição.

7 jogos

Minutos: 720

Pepe

Ter sido eleito o homem do jogo na final foi um corolário individual de um desempenho imperial que teve ao longo de quase toda a prova e com pontos altíssimos não só no jogo do título, mas assim que começou a fase a eliminar. Imbatível frente à Croácia e frente à Polónia. Ausente nas meias-finais com o País de Gales – os únicos minutos que falhou – voltou para a final para manter o nível a que tinha acostumado equipa e adeptos.

6 jogos

Minutos: 630

1 vez o melhor em campo

Nani

Foi o jogador escolhido para fazer a dupla com Ronaldo na frente de dois avançados e cumpriu com um Campeonato da Europa de enorme qualidade, que coincidiu também com a transferência para o Valencia, e que confirmou, mais uma vez, nesta final, com um jogo de grande luta, entrega e futebol jogado que permitiu a Portugal ter a bola na frente quando era preciso contrariar o ascendente francês. E acabou com três golos à sua conta, todos importantes numa seleção que marca poucos.

7 jogos

Minutos: 706

Golos: 3

Assistências: 1

1 vez o melhor em campo

Renato Sanches

Começou no banco como jogador praticamente sempre utilizado e foi mantendo esta condição passando ainda da fase de grupos para os oitavos de final. A posse de bola que faltava à seleção ter no meio campo do adversário foi agarrada de vez pelo jogador português mais novo de todos precisamente frente à Croácia, quando a cavalgada de imensos metros terminaram com o golo de Quaresma. A partir do jogo seguinte mais perdeu a titularidade impondo-se às ideias iniciais do selecionador e entrou na equipa de vez.

6 jogos (3 vezes titular)

407 minutos

1 golo

Prémio melhor jovem do torneio

2 vezes melhor em campo

William Carvalho

Foi outro dos que começaram o Europeu no banco. O jogo de estreia de Portugal frente à Islândia levou Fernando Santos a optar por William ao segundo jogo. O trabalho defensivo da equipa melhorou, mas, especialmente a saída a jogar da seleção. Só voltou a estar ausente nas meias-finais para cumprir um jogo de castigo. Com um cartão amarelo no cadastro no jogo com a Polónia dos quartos de final, fez o que tinha a fazer: agarrou o polaco Krychowiak para travar um contra-ataque perigoso sabendo que iria ser advertido e perder o jogo seguinte.

5 jogos

516 minutos

Raphaël Guerreiro

Foi a primeira opção para a lateral esquerda, mas teve de lidar com problemas musculares que o retiraram de dois jogos, pois Fernando Santos não arriscou, mesmo que um dos encontros fosse o último da fase de grupos – o outro foi nos quartos de final. É o lateral esquerdo da seleção portuguesa que deixou como inesquecível aquele cruzamento para Ronaldo fazer o primeiro golo ao País de Gales.

5 jogos

510

Assistências: 1

José Fonte

Teve um trajeto semelhante ao de Cédric servindo as opções táticas de Fernando Santos conforme o selecionador português foi precisando de refazer a equipa conforme o evoluir da competição. Tanto ganhou o seu lugar que, quando Pepe falhou as meias-finais, a solução foi encontrar quem jogaria o seu lado. Foi mais um pilar incansável da defesa que, pós-fase de grupos só sofreu um golo em quatro jogos (e com três prolongamentos).

4 jogos

Minutos: 450

João Mário

Foi um dos indiscutíveis da equipa atuando em várias posições do meio campo, alternando exibições pouco convincentes com outras (bem) mais conseguidas. Chegou a começar um jogo do banco – logo à segunda jornada da fase de grupos – quando as ideias táticas ainda eram suscetíveis de alterações. Quando foi atingida a velocidade de cruzeiro estabilizou no onze.

7 jogos (seis vezes titular)

Minutos: 562

Assistência: 1

Adrien Silva

A estabilidade que Adrien conseguiu ter ainda demorou mais a conseguir quando o rendimento de João Moutinho não correspondia ao que se esperava. O médio do Sporting demorou (muito) a ser uma opção, mas agarrou o lugar aos quartos de final e ficou nele até este domingo dividindo a qualidade de passe com a capacidade de marcação que tem ao adversário na sua segunda fase de construção.

Cédric Soares

Começou como suplente. Fez toda a fase de grupos no banco. Quando os jogos passaram a ser a eliminar ganhou a titularidade, que manteve até esta final. Esteve sem perder um minuto desde os oitavos de final com a Croácia.

4 jogos

Minutos: 450

Ricardo Quaresma

O joker (ou um dos talismãs) de Fernando Santos encarnou o papel que todos vão dizendo que é o que desempenha melhor: saindo do banco para desequilibrar. Ele continua a responder que joga em função do que o grupo precisa e do que o treinador que nele acredita quer. O seu momento que acabará por ser visto como o mais decisivo será, com certeza, estar no sítio certo para marcar o golo frente à Croácia que deu os quartos de final. Sem esquecer o penálti que decidiu a favor de Portugal o desempate com à Polónia

7 jogos (1 vez titular)

Minutos: 286

Golos: 1

Assistência 1

Vieirinha

Dividiu a lateral direita da defesa com Cédric. Fez os jogos da fase de grupos quando os adversários eram teoricamente mais fracos, ou acessíveis, dependendo do ponto de vista. Passou a ser a segunda opção quando os encontros passaram a ser a eliminar.

3 jogos

Minutos 270

Ricardo Carvalho

Também começou este Europeu como titular, mas nunca deixou de ter a condicionante física sob a sua cabeça e acabou, de facto, por terminar o Campeonato da Europa no banco. Quando a estratégica de Fernando Santos era a de amealhar pontos foi a primeira opção. Mas, nas meias-finais, já foi Bruno Alves a substituir Pepe.

3 jogos

Minutos 270

Bruno Alves

Jogou apenas um jogo, o tal das meias-finais quando a condição física de Pepe não o permitiu. Mas foi, se não o melhor, um dos melhores exemplos dos 23 titulares que Fernando Santos sempre disse ter. Entrou na equipa como se não estivesse estado os cinco jogos anteriores no banco; para onde voltou no jogo da final.

1 jogo

Minutos: 90

Eliseu

Substituiu Raphaël Guerreiro quando o colega de posição não estava a 100 por cento. Não esteve à altura frente à Hungria quando o desempenho defensivo português foi no seu geral fraco e permissivo. Esteve à altura do desafio no jogo a eliminar com a Polónia.

2 jogos

Minutos: 210

Danilo

Começou por ser a primeira aposta à frente da defesa, mas o jogo com a Islândia não lhe correu bem. Perdeu o lugar para William Carvalho e só voltou a começar um jogo quando o colega de seleção esteve castigado nas mais-finais.

5 jogos (2 titular)

Minutos: 225

André Gomes

Também foi ele que teve o lado esquerdo do meio campo a seu cargo quando a caminhada arrancou. Mas também ele acabou preterido quando a pujança de Remato Sanches ficou consumada frente à Croácia.

5 jogos (4 titular)

Minutos: 294

João Moutinho

Fernando Santos escolheu-o para ser o organizador por excelência do meio campo ofensivo português, mas o jogador do Monaco acabou por não responder à altura ao que era esperado e acabou por perder o lugar para Adrien. A sua entrada em campo na final foi de excelente nível – estando na jogada do golo (considerando a UEFA que assistiu Eder para o golo).

6 jogos (3 titular)

Minutos 318

Assistências: 1

1 vez melhor em campo.

Eder

Será então mesmo ele o melhor exemplo de que os titulares são os 23, como disse o selecionador. E acabou por responder da melhor forma a todas as críticas que se fizeram sobre a sua escolha para ir a França. Tinha jogado seis minutos frente à Islândia e sete com a Áustria. Entrou na final a 11 do fim do tempo regulamentar. Aos 109 marcou o golo que significou o primeiro título europeu para Portugal.

3 jogos

Minutos 54

Golos: 1

Rafa

Entrou a um minuto do fim no jogo com a Áustria para fazer o tempo de compensação. E até deixou a sensação de poder dar mais alguma coisa à equipa.

Anthony Lopes

Um dos dois guarda-redes suplentes e um dos dois que não jogou.

Eduardo

Como o seu colega de baliza suplente, ficou sempre no banco.

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