Qatar-Portugal, 1-3 (crónica) - TVI

Qatar-Portugal, 1-3 (crónica)

Catar a vitória de cabeça

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Um jogo até ao golo de André Silva, outro bem distinto depois de desfeito o 0-0. No fim, uma vitória tranquila, mas também a servir para tirar ilações para futuro, pela rodagem feita na equipa.

Entre os importantes compromissos de qualificação para o Mundial 2022 ante a República da Irlanda e o Azerbaijão, foi preciso meia parte para a seleção nacional despertar para o domínio e para a eficácia. Para, em vantagem, impor o seu jogo e contrariar um Qatar bem organizado no seu 5x3x2 e atrevido por Afif, Almoez e Hatem lá na frente. Isto até ao minuto 23, o da primeira festa lusa em Debrecen.

Fernando Santos mudou toda a equipa, com destaque para a estreia absoluta de Otávio e logo a titular e uma aproximação a um 4x4x2, com Neves mais recuado, João Mário mais perto de André Silva e Moutinho e Otávio mais descaídos para os corredores, com Guedes a surgir da esquerda para o meio a apoiar o avançado do Leipzig. Mas a novidade na estrutura demorou a ser assimilada em campo.

Depois de alguns sustos protagonizados pela seleção do Qatar - inclusive uma bola ao poste por Almoez após uma iniciativa audaz de Afif - Portugal libertou-se quando André Silva correspondeu a um cruzamento sublime de João Mário para fazer, de cabeça, o primeiro golo do jogo.

De resto, Portugal catou mesmo a vitória de cabeça e dois minutos mais bastaram para Otávio fazer da mesma forma o 0-2 no marcador, em resposta a um cruzamento de Gonçalo Guedes. O lance nasceu numa recuperação de bola no meio-campo contrário. Estreia de sonho do jogador do FC Porto na equipa das quinas.

O golo de Otávio:

Qatar-Portugal: o filme do jogo

O segundo golo da equipa lusa representou aquilo que foi a súbita mudança no jogo e o domínio que Portugal lhe aplicou: mais recuperação de bola na saída do Qatar, menos sustos para Anthony Lopes e mais dinâmica ofensiva, com Neves, Moutinho e João Mário a pautarem o equilíbrio com bola no miolo e Otávio, Guedes e André Silva mais soltos e confiantes, reforçados pela projeção de Semedo e Nuno Mendes nas laterais.

O terceiro golo só não surgiu antes do intervalo porque André Silva, na cara de Barsham, deu nas ‘orelhas’ da bola ao minuto 35, antes de o guardião do Qatar ser expulso com vermelho direto por falta sobre Gonçalo Guedes, ao minuto 44 e com recurso ao vídeo-árbitro.

E se a segunda parte podia fazer adivinhar um resto de jogo tranquilo e uma vitória incontestável, o Qatar, com menos um, pô-la em dúvida ao minuto 61 após um canto, quando Abdelkarim Hassan, num golpe de cabeça na zona de penálti, bateu Anthony Lopes para o 1-2 no marcador.

É certo que a diferença passou a ser mínima, mas o Qatar pouco mais fez verdadeiramente para incomodar Portugal que, por sua vez, pode ter ficado a dever a si outros números. Mais acutilância e poder de fogo houvesse na frente e talvez fosse de goleada. Não foi, por fim, uma exibição de encher o olho. Valeu o triunfo.

Entre os que entraram – entretanto com uma mudança para 4x3x3 – Bruno Fernandes foi o mais inconformado e acabou mesmo por ser feliz, ao traduzir em golo, ao minuto 86, a grande penalidade nascida de uma falta de Salman sobre Diogo Jota para selar as contas.

O golo de Bruno Fernandes:

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