Também lhe chamam Martelo e valeu a Portugal a pancada ao minuto 62 para fazer a diferença no marcador. Um golo de Pedro Correia deu o triunfo aos sub-20 esta tarde em Penafiel, ante a Inglaterra, atual campeã do mundo, no derradeiro jogo particular antes do Mundial da categoria.
Após a derrota por 1-0 na Alemanha, Portugal surgiu com um onze inicial totalmente diferente ante uma Inglaterra que é folha nova em relação ao título conquistado em 2017, na Coreia do Sul. Após a eliminação no play-off do Europeu sub-19 ante a Noruega, em julho de 2018, os comandados de Paul Simpson aproveitaram o jogo em terras lusas para afinar estratégias e opções para futuro.
Por cá, com mira no Mundial da Polónia, Hélio viu as mudanças neste novo teste resultarem em dinâmica crescente após 20 minutos iniciais mornos e expectantes.
Com o meio campo a atrair várias vezes os ingleses para o centro, Moura e Thierry Correia tiveram ocasião de progredir e criar superioridade na velocidade de Trincão e João Filipe pelas alas. Portugal mostrou boas combinações, com Pedro Correia a aguentar bem o jogo de costas para a baliza. Só os cruzamentos e cantos mostraram pouco.
Pormenores interessantes decalcados, numa primeira parte em que o golo luso esteve perto de meia distância: o remate seco de João Filipe passou pouco ao lado (25’), em resposta a uma carambola de Diogo Queirós contra Joe Willock que quase traía Diogo Costa.
A equipa de Paul Simpson apresentou-se com espírito competitivo e coesa na defesa, a travar a mobilidade lusa. A exemplo, um grande corte de Reece James, quando João Filipe já preparava o remate (19’). À frente, os extremos Eberechi Eze e Nketiah mostraram habilidade e rapidez, mas sem consequências.
A segunda parte trouxe um reinício pouco interessante, acentuado pelas paragens para assistir Joe Willock – irmão de Chris Willock, do Benfica – e Reece James. Só após a hora de jogo, num erro de Ben Godfrey, houve motivo para festa. Pedro Correia beneficiou da má saída do jogador do Norwich – pressionado por Gedson - e, na cara de Balcombe, fez o único golo.
Portugal-Inglaterra: o filme do jogo
Aquele animou as hostes portuguesas e deixou João Filipe perto do 2-0 a seguir: após um drible vistoso sobre Wilmot, valeu aos ingleses a defesa de Balcombe.
Depois, Hélio aproveitou para dar minutos e oportunidade a mais jogadores. Já com Luís Maximiano em campo para a segunda parte, Hélio lançou o único ainda não utilizado no duplo compromisso internacional, Leandro Cardoso, assim como Dalot, Quina, Rafael Leão, Mesaque e Florentino.
Com a vantagem, Portugal assumiu alguma gestão de um jogo do qual Inglaterra nunca desistiu. Prova disso os dois remates de Willock, que quase empatavam o jogo. Nos pouco minutos em campo, Rafael Leão e Leandro Cardoso também tentaram o golo, mas a diferença mínima imperou.
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Jogo realizado no Estádio Municipal 25 de abril, em Penafiel.
Árbitro: Florian Badstubner (Alemanha), assistido por Bruno Rodrigues e Nelson Cunha (Portugal).
Espetadores: cerca de 4750.
Portugal: Diogo Costa (Luís Maximiano, 46’), Thierry Correia (Diogo Dalot, 74’), Diogo Queirós, David Carmo, Moura; Gedson Fernandes (Domingos Quina, 66’), Nuno Henrique, Nuno Santos (Florentino Luís, 85’); João Filipe (Leandro Cardoso, 66’), Pedro Correia (Mesaque Dju, 85’), Trincão (Rafael Leão, 74’).
Inglaterra: Ellery Balcombe; Reece James, Ben Wilmot (Dujon Sterling, 71’), Ben Godfrey, Tom Pearce; Ronaldo Vieira (Flynn Downes, 63’), Marcus Tavernier, Joe Willock; Eddie Nketiah, Eberechi Eze (Grady Niangana, 89’), George Hirst (Dwight McNeil, 62’). Treinador, Paul Simpson.
Disciplina – cartões amarelos: Ben Wilmot, 39’, Reece James, 44’, Domingos Quina, 81’.
Golos: Pedro Correia, 62’.