Euro Sub-21: Holanda-Portugal, 4-2 (crónica) - TVI

Euro Sub-21: Holanda-Portugal, 4-2 (crónica)

Rui Jorge

Perder um jogo de futebol aos ressaltos

Mais equipa, durante mais tempo, mais atrevimento desde cedo, enfim, mais futebol dos sub-21 nacionais, com os quais a eficácia e a fortuna pouco quiseram. Portugal perdeu pela primeira vez no apuramento para o Euro 2021 da categoria. Perdeu a liderança também para a Holanda e isso sucedeu por dois motivos: o principal, Stengs, médio holandês.

O golo de Boadu foi um acaso da primeira parte. Como aconteceu e na história desses 45 minutos. Um pontapé desviado e dois holandeses perante o guarda-redes português. Diogo Costa nada podia fazer. Ao contrário da equipa, que insistiu na pressão que já estava a fazer e não descansou até que a vantagem holandesa estivesse anulada.

Para isso, contribuiu o excelente jogo de Vítor Ferreira como médio mais recuado. Sempre que a Holanda conseguia passar uma primeira fase de pressão, o camisola seis surgiu a cortar intenções contrárias e a permitir que a seleção de Rui Jorge ficasse no meio-campo holandês.

Portugal rondou a área, foi rematando, foi ganhando cantos e foi, por fim, feliz ao minuto 42 Quina cruzou pela direita e foi Diogo Queirós quem meteu a cabeça para dar um empate que a seleção merecia.

Outra vez a mesma história

Perante a superioridade portuguesa, a expectativa do lado lusitano era grande, mas a segunda parte deu a mesma história ao jogo durante um bocado de tempo.

Rui Jorge trocou Quina por Jota, mas não trocou a sorte da equipa. Stengs foi quase sempre o melhor holandês em campo e um dos mais afortunados. Quando tentou fazer um passe para a área lusa, enviou a bola para o pé de Diogo Leite e, noutro ressalto, essa saiu do pé do central para o braço de Tavares. A consequência foi o 2-1, de Koopmeiners, de penálti.

Portugal voltava a ter de correr atrás do empate e voltou a ter sucesso. Noutra grande penalidade, Gedson Fernandes fez o 2-2 e, por fim, o jogo mudou. Ficou aberto como antes não estivera.

Os dois treinadores mexeram, Rui Jorge mudou os dois avançados, a linha da frente ficou com característica diferentes e um mesmo problema: Paes.

O guarda-redes holandês fechou a baliza com duas grandes defesas, uma a remate de Jota, outra de Pedro Mendes. Portugal teve o 3-2 nas botas e sofreu-o nas redes de Diogo Costa.

Stengs voltou a surgir na partida e com um passe perfeito deixou Boadu a um simples toque do golo, para depois ser ele próprio a fechar as contas em 4-2 e a coroar uma belíssima exibição individual.

No final, a estatística não deixou grandes dúvidas. Portugal foi melhor em todos os itens menos um: os ressaltos. E esse dado, em conjunto com o talento de Stengs [um golo e duas assistências], levaram a um resultado amargo e, diga-se, pesado para o que se passou nos 90 minutos.

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