Declarações do selecionador nacional, Fernando Santos, na conferência de imprensa após o triunfo de Portugal sobre a Suíça, nas meias-finais da Liga das Nações:
«Que adjetivo para Ronaldo? Não tem adjetivo possível. É génio. Há genialidade na pintura, na escultura… No futebol também há. É génio.»
«Quando alguém faz três golos num jogo, marca a diferença. Foi um jogo intenso, muito bem disputado. Com duas equipas fortíssimas, a quererem ganhar, com empenho total. Uma equipa suíça muito bem organizada, que nos últimos 3 jogos a que assisti mudou a forma de estar em campo. Limitou as lacunas defensivas quando jogava numa linha de quatro.»
«Jogámos sempre em losango na fase de apuramento para o Campeonato da Europa. Esta equipa não está trabalhada nesse sentido, mas acho que respondeu bem. Em alguns momentos, perdemos alguma leitura de jogo e jogámos com os três jogadores à frente muito perto uns dos outros. Quer o João, quer o Cristiano e o Bernardo a encostarem-se muito. Ficavam os três ali muito no meio quando não era essa a estratégia ofensiva. Mas eles compensaram bem com a sua entrega e dinâmica. Foi um jogo marcado por esse equilíbrio, em que Portugal criou as melhores situações de golo.»
[Sobre o losango no meio-campo] «Fizemos dois treinos em que trabalhámos insistentemente no losango. Quando nós falamos que Portugal tem uma equipa de jogadores de grande qualidade. Ora, jogadores de grande qualidade, podem jogar em qualquer sistema. Seria anormal que não se adaptassem. Além da qualidade técnica, têm a inteligência para percecionar o jogo.»
[Sobre o VAR) «Não posso deixar de dizer que no nosso último jogo [frente à Sérvia, na qualificação para o Campeonato da Europa] um penálti foi transformado em não penálti, e no final o árbitro acabou por me pedir desculpa. Hoje, num lance que era penálti num lado, acabou por o ser no outro. E a mim o que me dizem é que nem foi penálti [contra Portugal]. Não me compete avaliar o trabalho dos árbitros, mas sim à UEFA. Sou um defensor do VAR, acho que é importante, pode ajudar muito, mas quem de direito tem que começar a olhar para isto com muita atenção, sob o risco de se começar a dizer que o VAR não serve, quando eu acho que pode ser uma excelente ferramenta.»