Liga das Nações: Croácia-Portugal, 2-3 (crónica) - TVI

Liga das Nações: Croácia-Portugal, 2-3 (crónica)

Despedida com um Dias feliz

Portugal despediu-se da Liga das Nações com uma vitória sobre a Croácia, em Split, por 3-2, num jogo incaracterístico, com as duas seleções a cometerem muitos erros defensivos. Sem jogar bem, a equipa de Fernando Santos foi melhor do que a Croácia e venceu com um «bis» inédito de Rúben Dias intercalado por um golo de João Félix. A Croácia acabou o jogo reduzida a dez e, apesar da derrota, garantiu a continuidade na elite europeia, uma vez que a Suécia também perdeu na visita a França (2-4).

Fernando Santos promoveu cinco alterações em relação ao desaire diante da França, com o único objetivo de limpar a imagem dos campeões da Europa depois das muitas criticas feitas após a derrota, na Luz, diante da França. Com Bruno Fernandes e João Moutinho no meio-campo, à frente de Danilo, Portugal conseguiu de imediato uma vantagem no meio campo, até porque Diogo Jota e João Félix também procuravam zonas mais interiores.

Portugal assumia, desde logo, o controlo do jogo, mas depois só conseguia profundidade sobre as alas com os laterais Nélson Semedo e Mário Rui a subirem muito pelos corredores, mas muitas vezes sem o devido apoio. Portugal tinha, assim, mais bola, mais controlo, mas tinha dificuldades em chegar à área de Livakovic, até porque o relvado não estava fácil para se jogar com a bola no chão.

Portugal, como já se sabia, não tinha nada a perder, nem a ganhar com este jogo, mas a Croácia precisava de, pelo menos, fazer o mesmo resultado do que a Suécia para continuar na elite do futebol europeu. Ora, as primeiras notícias que chegavam de França davam conta que os suecos estavam em vantagem, pelo que a Croácia passou a optar por um jogo mais direto, procurando explorar o adiantamento dos laterais portugueses para lançar Perisic e Vlasic para a linha de fundo com passes em profundidade.

A primeira oportunidade evidente até foi para Portugal, aos 14 minutos, com Bruno Fernandes a cruzar da esquerda para a entrada de rompante de Diogo Jota que, de cabeça, rematou ao lado. Portugal conseguia, agora, subir mais facilmente no terreno, criou outras oportunidades, mas foi a Croácia que acabou por chegar ao golo, aos 29 minutos, numa transição rápida. Cruzamento da direita, corte incompleto de Rúben Semedo, Pasalic remata para defesa de Patrício mas, na recarga, Kovacic não perdoou.

Portugal procurou reagir de pronto, mas voltou a sentir dificuldades em progredir pela zona central e, até ao intervalo, teve apenas mais uma oportunidade, com um remate fortíssimo de Danilo, à figura de Livakovic.

Mudança para 4x4x2 abriu o jogo

Fernando Santos não perdeu tempo e, logo a abrir a segunda parte, mudou de 4x3x3 para 4x4x2, abdicando de Bruno Fernandes para lançar Trincão. Moutinho junto-se a Danilo, o extremo do Barcelona descaiu sobre a direita, com Jota no lado contrário, com João Félix, agora, mais perto de Cristiano Ronaldo.

Portugal conseguia, finalmente, dar largura ao jogo, com Trincão muito ativo sobre a dieita, e ficou visivelmente mais confortável em campo. Rúben Dias teve uma primeira oportunidade antes de a Croácia ficar reduzida a dez, com Rog a ver um segundo cartão amarelo por falta sobre Cristiano Ronaldo. Na sequência do mesmo lance, Ronaldo, na marcação do livre, atirou forte, Livakovic defendeu para o lado, Ruben Semedo recuperou e serviu Ruben Dias para o empate. Foi o primeiro golo do central do City ao serviço da seleção, mas o segundo também estava reservado para esta noite.

Portugal já estava mais forte e, contra dez, ainda mais confortável ficou. As oportunidades sucederam-se na baliza croata, numa altura em que se jogava exclusivamente no meio-campo croata.  O golo da reviravolta não tardou, como já se adivinhava. Passe longo de Rúben Dias a lançar Jota para a área, o avançado do Liverpool pareceu controlar a bola com a mão, mas depois passou atrasado para a finalização de João Félix. Como neste jogo não houve VAR, o golo foi mesmo validado.

Bola ao centro e golo da Croácia. Portugal, depois da reviravolta, abriu um pouco o flanco, o suficiente para o adversário reclamar o empate, mais uma vez por Kovacic, desta vez a passe de Vlasic. O jogo estava agora intenso, com os jogadores que saltaram do banco, dos dois lados, a quererem acrescentar algo mais. Bernardo Silva esteve muito perto de recuperar a vantagem, mas foi Rúben Dias, com um inédito «bis», a reclamar o triunfo português, já em período de compensação, depois de um erro clamoroso de Livakovic.

Portugal despede-se, assim, desta segunda edição da Liga das Nações, com quatro vitórias, um empate e apenas uma derrota, a tal diante da França.

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